Tínhamos passado muito tempo a falar, estava a dar-lhe conselhos de como ele se podia aproximar da Rydel e ele ouvia-me muito atentamente, era a primeira vez que falávamos tanto tempo como gente civilizada.
Passado um bocado cada um se encontrava na sua cama a dormir. Não sabia porquê que ele teve esta mudança repentina mas sei que gostei da agradável conversa que tivemos.
Ele simplesmente estava a cumprir o acordo que tinha feito com Rydel mas pouco a pouco estava a aperceber-se de que eu não era uma má pessoa, pelo contrário, era natural e simples, com um bom coração e que dava amor a todas as pessoas de quem gostava.
Estava a ajudá-lo a aproximar-se de Rydel, tinha estado concentrado a ouvir tudo o que eu disse, queria voltar a beijar-me, era uma tentação mas aguentou-se pois não queria desrespeitar-me, não sabia o porquê daquela atração.
Ross sonhava que estava num parque, sabia perfeitamente que parque era aquele, o parque onde tinha conhecido a sua namorada, sentou-se na relva e olhou em redor e de repente sentiu umas mãos a tapar-lhe os olhos.
- Adivinha quem sou – disse alguém.
Surpreendeu-se ao ouvir aquela voz, conhecia-a muito bem, não a conseguia esquecer.
- Ashley – afirmou.
- Sim lindo – disse ela.
Ele viu-a sentar-se à sua frente, tinha vestido aquele vestido branco que lhe ficava justo nos joelhos, aquele mesmo vestido que tinha no dia do acidente, olhou-a diretamente naqueles olhos verdes com doçura, amor, tristeza. Continuava linda como sempre, não tinha mudado nada.
- O que fazes aqui, Ashley? – Perguntou.
- Estou nos teus sonhos Ross, atrevi-me a entrar neles para vir falar contigo – respondeu ternamente.
- Falar? – Perguntou ele – Sobre quê?
- De muitas coisas, de nós mas especialmente de ti Ross, estou preocupada contigo – disse com uma cara de preocupação.
- Porquê que estás preocupada comigo, Ashley? Eu estou bem.
- Isso é o que queres aparentar Ross, eu conheço-te e sei que não estás bem, o teu coração está confuso – disse aproximando-se dele – Ross eu estou morta… A minha morte não foi culpa tua.
- Ia com muita velocidade Ashley, a culpa foi minha – insistiu ele.
- Não amor – negou acariciando a sua bochecha – Não deves ficar a sentir-te culpado se a culpa não foi tua, foi um simples acidente.
- Um acidente que acabou com a tua vida Ashley, e também com a minha – baixou o olhar.
- Ross, olha para mim – ordenou – Não tiveste culpa de nada, lindo – olhou para ele docemente – Não te culpes por aquilo por favor, o destino é assim – sorriu – Tu foste e serás o amor da minha vida, sempre.
- Tu também – acrescentou ele.
- Não – disse ela.
Ross olhou para ela, surpreendido com a sua negação.
- Eu fui só o teu primeiro amor, tu estás vivo e deves seguir com a tua vida. Eu não sou o amor da tua vida – ela sorriu novamente – Ross não podes viver para sempre das recordações, não tens de ficar sozinho para sempre, tens de conhecer mais raparigas.
- Não – negou.
- Sim – disse ela sorrindo – Eu sei que há alguém que te atrai e também sei que é uma pessoa linda, Ross não te feches, conhece-a.
- Não sei a quem te referes.
- Sabes perfeitamente que me estou a referir à Sara. Ross ela é uma ótima pessoa.
- Mas…
- Não deves tratá-la mal – interrompeu – Ela tem sentimentos como toda a gente, tu não sabes como é que ela se sente quando a tratam mal, quando a humilham, tu não conheces verdadeiramente a história dela… Conhece-a, eu sei que vais gostar muito dela – sorriu e acariciou-lhe o rosto – Amo-te e é por isso que quero a tua felicidade, por favor Ross promete-me que vais procurar a felicidade e que não vais tratar mal a Sara – pediu.
- Ashley tu sa…
- Promete Ross – interrompeu-o novamente – Se mo prometeres posso descansar em paz.
- Eu prometo Ashley… Vou voltar a ver-te? – Perguntou.
- Sempre que quiseres venho visitar-te – respondeu – Agora tenho de ir – beijou delicadamente o seu rosto – Lembra-te, és e sempre serás o amor da minha vida mas tu deves procurar o teu, deves procurar a tua verdadeira felicidade – disse ela e desapareceu.
Acordou, aquele sonho tinha sido lindo para ele, tê-la visto trouxe-lhe muita alegria. Sentia-se melhor, já não se sentia culpado pela sua morte, ela tinha-lhe deixado claro que a culpa não fora dele. Prometeu-lhe que ia lutar pela sua felicidade, que me trataria melhor, ela tinha-lhe dito que eu o atraía. Ela tinha-lhe dito isso mas nem Ross tinha a certeza disso. Tinha medo de se apaixonar e sofrer, de se dececionar.
What?! Como assim 23 votos só no capítulo anterior? o.o Tantos! Obrigada por continuarem a ler, a votar e a comentar. Muito obrigada mesmo! São as melhores <3
Hoje às 20h15min ou perto disso ponho mais um capítulo :)
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Just a Maid
FanficSara é uma rapariga de 18 anos, humilde, de bom coração que decide trabalhar numa casa de ricos, a casa dos Lynch, uma família que se deixa levar pela arrogância, pelas aparências e pela ambição. Jamais pensou que trabalhar numa casa como esta seria...