Mutação

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Perrie chegou em casa chateada. Mas, sua família, conseguiu lhe animar um pouco. Tinham novidades. A Zona de Quarentena, que seria no Madison Square Garden, estaria aberta no dia seguinte. Um carro de som, havia passado avisando os moradores. Jon conseguiu falar com a vovó Lucy e a Isa. Continuavam em Seattle. E ficaram sabendo que lá, houveram poucos casos de infecção, e foram isolados. Seattle já estava lacrada.

Perrie e sua família, decidiram que só iriam para a Zona, quando ela voltasse do laboratório. Tinham que ficar juntos. E ela queria muito, saber o que lhe diriam, na conversa
com os doutores de Connecticut. Sua mãe implicou muito, com aquela ideia. Mas, no fim aceitou.

A loira não tinha perdido a esperança, de conseguir uma cura. Mas, também não sabia o que aconteceria em Nova York, depois de levarem os moradores. Então, era melhor, não arriscar. Precisava ficar junto a sua família.

Noventa por cento dos Estados Unidos, já estava sendo afetado pelo Tânato. Aquela notícia, perturbava Jesy. Estava deitada em sua cama, com o celular na mão, e Reegie ao seu lado. Naquele dia conversaram com a Janice. Jesy enviou várias fotos do cachorrinho. Agora, não conseguia dormir.

- Você acha, que a gente devia ir amanhã, Reggie? - Conversava com ele. Aquilo já tinha se tornado um hábito. E ele parecia gostar quando ela o fazia. Sempre prestava total atenção. - Abandonar tudo isso aqui e seguir a multidão. Vão levar as pessoas pra longe. Corremos
o risco de ficar sozinhos, aqui. Acha melhor irmos, e assim, morar com a vovó, mais cedo? Ou ficamos e vemos no que dá? Aí, damos um jeito de sair daqui, depois. - Alisava o pelo dele - Temos condições? - Eles trocaram olhares. Reggie parecia entender tudo. - Claro, que temos condições. Vamos ficar, certo? - Sorriu, deitando na cama. - Boa noite, Reggie. - O beijou.

- Bom dia, Ally. - Perrie disse, entrando no carro da amiga.

- Bom dia. - Sorriu e deu partida no carro. - E quanto a Zona de Quarentena, Pezz? O que vocês decidiram?

- Iremos. E você e seu pai? - Olhou pra ela.

- Também. Não demorarei no laboratório, dependendo do que disserem pra gente.

- Tô com você. Acho que todo mundo, vai estar de acordo. - Perrie esfregou uma mão na outra, tentando dissipar o frio. -Não sabemos o que vai acontecer, depois que estivermos na tal Zona. E nem o que vai acontecer a cidade.

- Eu acredito, que seremos levados, pra outro lugar.

- É, dá pra imaginar. Agora, pra onde, né?

- Talvez, Seattle.

- Talvez. Torço pra isso. - A loira sorriu. - Assim, minha família ficará toda unida.

Elas chegaram a Universidade, eram oito e meia, da manhã. Entraram pela porta dos fundos. E de cara, Perrie sentiu que algo não estava certo. Ally a viu ficar parada, olhando pro nada, com uma cara estranha.

- Perrie? - Chamou-a. - O que houve?

- Não sei. Um calafrio. - Sorriu, voltando a caminhar. - Vamos lá. O pessoal deve estar esperando.

E ao entrar no corredor que dava acesso ao laboratório, onde costumavam trabalhar, viram sangue por todos os cantos. Muito sangue. Ally parou, no mesmo momento. Perrie continuou andando, só que vagarosamente.

- Pessoal? - Chamou. Mas, ninguém respondeu. Então, parou e olhou pra Ally.

- Perrie... - Ela tremia, paralisada no meio do corredor. Esperaram. Mas, nada aconteceu. E também não ouviram nada.

Então, a loira reuniu coragem e caminhou até lá. Perdeu o chão, ao entrar no laboratório e ver a Jen caída. Estava toda mutilada. Perrie sem perceber, soltou um grito de horror. Mais a frente, estava o Alex. Da mesma forma que a Jen. Ally entrou no laboratório e quase desmaiou. Se manteve encostada, no batente da porta.

Apocalípse (Pesy)Onde histórias criam vida. Descubra agora