Um casal

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Perrie estava no sexto mês, de gestação. Os bebês estavam crescendo, cada vez mais. E ambos, mantinham as perninhas cruzadas, deixando uma das mamães, louca.

Usando umas economias, que as duas tinham, conseguiram comprar uma casa enorme.

A casa era realmente grande, havia um extenso jardim com piscina e churrasqueira, a cozinha era mediana, cabia umas dez pessoas juntas ali. A sala, era o espaço favorito do Reggie, onde podia dormir, em qualquer lugar. Haviam quatro quartos, era o do casal, um para os bebês e dois para hóspedes. O porão, era o laboratório da Perrie e tinha um escritório, pra Jesy.

Elas estavam enlouquecendo, com todos os preparativos pro casamento, que aconteceria em menos de um mês. O lugar, flores, jantar, vestido e tudo mais. Perrie, que era a mais perfeccionista, dava opinião em cada detalhe. Tirando isso, a vida delas esvida tranquila.

Naquela madrugada, Perrie resolveu ter um desejo diferente. Ela sentou na cama e foi de mansinho, tentar acordar a ruiva, que dormia pesado ao lado dela.

- Amor. - Beijou o pescoço da ruiva.

- Qual a loucura, que você quer agora? - Jesy perguntou, sem abrir os olhos. Perrie era do tipo de grávida, que tinha os piores desejos. Um noite, ela fez a Jesy ir atrás de sorvete, pra comer com sardinha.

- Eu estou com muita vontade, de um hambúrguer de jaca. - Acendeu o abajur. Jesy se sentou na cama e olhou pra ela.

- Onde é que eu vou achar isso, a essa hora da madrugada, Perrie?

- Tem naquele restaurante brasileiro, perto da casa da sua mãe. Ele é vinte e quatro horas. - Sorriu.

- Meu amor, a casa da minha mãe, fica a quarenta minutos daqui. - Cruzou os braços.

- Mas, eu estou com muita vontade. - Disse, com aqueles olhinhos azuis irresistíveis.

- Tá bom. Mas, você vai vir comigo. - Sorriu e se levantou, pra trocar de roupa.

- Ah não, Jesy. - Perrie se deitou. - Eu estou cansada. Os bebês, não param de chutar durante a noite inteira e os preparativos para o casamento, estão me enlouquecendo.

- Eu estou passando, pela mesma coisa. Você não para de se mexer, durante a noite inteira e o casamento também é meu. Então, se você não se levantar, não vai ter esse hambúrguer estranho, que você quer. - Perrie continuou deitada, então Jesy voltou a se deitar, ao lado dela.

- Você vai deixar os nossos filhos, nascerem com cara de hambúrguer de jaca? - Perrie a encarou, com uma mão no peito.

- Nossos filhos ou filhas... Nascerem com cara, de hambúrguer de jaca? Sim, vou deixar. - Sorriu, pra ela. - Isso nem faz sentido, mesmo.

- Ah... Eu não acredito! - Perrie se levantou mal humorada, saiu do quarto indo em direção ao carro, na garagem. Ela se sentou, no banco do passageiro. Jesy foi atrás, com um sobretudo preto e outro branco.

- Pegou a sua carteira? - Jesy disse, pra provocar.

- Jessica Louise Nelson, se você falar comigo de novo eu mato você! - Os hormônios, da gestação. - E você trate de pagar o meu lanche, sem reclamar.

- Eu nunca reclamei, de pagar nada pra vocês. - Jesy agora, sempre incluía os bebês nas conversas. - Mas, sair sem documento é perigoso. - Disse, com um sorriso fdp, no rosto.

- Jessica, só entra nesse maldito carro e VAMOS!

Jesy gargalhou e foi dirigir. E ela foi enchendo a paciência da Perrie, durante os quarenta minutos. A loira, vez ou outra lhe lançava uns olhares mortais. Ao chegarem no restaurante, Jesy colocou o sobretudo preto e Perrie saiu do carro sem o dela. Jesy correu, para cobri-la.

Apocalípse (Pesy)Onde histórias criam vida. Descubra agora