Apocalípse (Pesy)

Brincando com zumbis

Jesy dormiu por seis horas, seguidas. Acordou uma hora da tarde, faminta. Levantou da cama e saiu do quarto, descendo para a cozinha. Não viu sinal da Perrie ou do Reggie. Abriu um pacote de salgadinhos, que encontrou no armário. Depois, pensaria em cozinhar algo,
naquele momento, quis ver a Perrie e o Reggie.

Subiu e foi até a porta do quarto, onde deviam estar. Abriu bem devagar, só uma brechinha. Queria apenas, conferi-los. Eles estavam dormindo, como imaginou. Abriu um pouco mais, a porta. Ficou um tempo ali, encostada no batente. Perrie estava coberta até os ombros, pelo lençol. Ressonava graciosamente. Reggie estava deitado perto da barriga dela,
dormindo também.

- Boa tarde. Como dormiram? - Jesy perguntou, provando a sopa que estava preparando. Se virou pra Perrie. Sua calça havia ficado folgada, nela, como imaginou. E a blusa masculina também era grande. Mas, ela continuava linda e atraente, com os cabelos
bagunçados e aquele sorrisinho no rosto.

- Boa tarde. Dormimos muito bem, não é Reggie? - Deixou ele no chão. - E você, dormiu bem?

- Sim. Que nem um bebê. Preparei sopa, pra nós duas. Z comerá carne enlatada. - Olhou pra ele, que estava parado ao pé do fogão.

- Que maravilha. Lembrei da sopa deles. Estava com um cheiro ótimo. E eu nem podia comer. - Riu.

- Eu senti o cheiro. Devia estar muito boa. Mas, eu acho que a minha, está melhor. Modéstia à parte, eu cozinho muito bem. - Piscou. Perrie assentiu. - Quer provar, um pouquinho? - Jesy fez um gesto, para que ela se aproximasse. Então, encheu um pouco a colher, com o caldo, soprou e levou-a a boca da loira, que fez careta. - Ruim?

- Hm... - Limpou a boca. - Não. Está boa. A colher, que está quente.

- Foi mal.

- Eu ficarei bem. - Piscou. Jesy sorriu. - Só preciso... - Ela aproximou o rosto da ruiva e lhe beijou. - Pronto, sarou. - Perrie foi se afastando, para encher um copo d'água.

- Fico feliz, em poder ajudar. - Jesy a seguia com o olhar, podendo observar mais, o corpo dela dentro das roupas folgadas. - Você não faz ideia.

Perrie a encarou. As duas sorriam. E permaneceram assim, enquanto a Perrie tomava a água.

- Preparei tudo, para a nossa viagenzinha, de mais tarde. - Avisou. - Agora, que não temos mais tanta munição, Pezz, vamos pegar leve com as armas. Encontrei um pé de cabra ótimo.

- É verdade. - Perrie deixou o copo em cima do balcão. - Droga. Sem armas? - Jesy balançou a cabeça positivamente.

- Armas, somente em momentos muito críticos.

- É complicado, ter que chegar perto deles, pra bater. Eu toparia levar aquele seu estilingue, dessa vez.

- Bateu saudade, agora, né? - Riu, desligando o fogão. - Está pronta.

- E temos um pãozinho, pra acompanhar?

- Temos. Nesse armário aí, de cima. - Apontava. Perrie pegou o saco de pães e elas
arrumaram tudo na mesa.

Eram quatro da tarde, não nevava, e Perrie e Jesy saíam da casa.

-  Reggie, fique quietinho. Nós voltaremos, em no máximo, uma hora e meia. - O acariciava.
Perrie assistia a cena, achando a conversa deles, muito fofa. - Se algo acontecer, corra pro quarto e se esconda. - Perrie riu. Jesy e Reggie olharam pra ela. Jesy sorriu e se levantou. - Tchau.
- Acenou pro cachorrinho. Ele quis lhe seguir, até que elas saíram e trancaram a porta, por
fora.

- Então, pelo endereço que você me deu, eu calculo que estaremos lá, em vinte minutos. Vinte pra ir e vinte pra voltar. - Dizia abrindo a garagem e entrando no carro,
acompanhada da loira.