E que comece o caos

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Jesy saiu da sala, com a arma em uma mão, e na outra uma seringa. As luzes do corredor estavam apagadas, então ela voltou pra buscar uma lanterna. Saiu novamente, se dirigindo pra porta, onde a tal amiga da Perrie estava. Abriu de uma vez, e se afastou, duas zumbis saíram. E não foram só elas. Um odor forte a atingiu. Se afastou mais, enquanto elas se aproximavam. Distinguiu a zumbi certa, pelo jaleco branco. Atirou na outra, de
terninho.

Achava bobagem, ter que aplicar algo em um zumbi. Não era mais uma pessoa, sim um cadáver animado. Mas, já que a Perrie queria assim. Sem demorar muito, se aproximou e aplicou o sedativo. Ela caiu, segundos depois. Então, atirou. Fechou a porta daquele laboratório, onde devia ter corpos. Caminhou até o final do corredor, estava tudo silencioso e escuro. Antes de voltar pra sala, onde as outras estavam, arrastou a amiga da loira, pra dentro de um daqueles laboratórios. Fez o mesmo com o outro corpo.

Olhou pra Perrie, ao entrar na sala, dando um meio sorriso. Ela retribuiu.

- Jess, eu estava falando pra elas, que a porta da frente, está quebrada. - Perrie disse. -
Acha que devíamos fecha-la?

- Sim. Também pensei, em darmos uma olhada, por aí. - Jesy se encostou na parede, brincando com a lanterna.

- Onde iremos dormir? - Leigh quis saber. Perrie pensou um pouco e encontrou uma solução.

- Deve ter colchões, lá pros lados do ginásio.

- Iremos coloca-los aqui mesmo? - Jesy olhou ao redor. Era bem grande, caberia tranquilamente.

- Tem a sala, aí da frente. Lá, devia ser o "quarto". - Fez as aspas com os dedos, sorrindo.

- Tá. Vocês querem ir? - A ruiva olhou pra Jade e Leigh.

- Não, obrigada. - Leigh deitou a cabeça no ombro da Jade. Jesy riu.

Perrie pegou sua pistola e uma lanterna. Jesy iria com a submetralhadora, só pegou
munição. Elas saíram da sala. A loira estava receosa, por ter que ver o corpo da Ally, estirado ali no chão. Mas, não viu corpo nenhum. Olhou pra Jesy, que passou um braço por sua cintura, e assim começaram a caminhar, para o fim do corredor. Perrie as conduziu pra entrada, onde tentariam dar um jeito, na porta quebrada.

A temperatura só caía, e a universidade estava de dar medo, em qualquer um. Perrie se mantinha bem perto da Jesy, enquanto elas andavam, atentas a tudo. Enfim, chegaram a entrada. A loira ficou virando o rosto, para não ter que olhar pro corpo do Erick, que ainda estava ali. Jesy percebeu o incomodo dela, mas não entendeu direito. Atirou em um zumbi, que vinha ao longe. E começou a procurar uma forma de tampar, aquela abertura. Mesas, talvez, resolvessem. Contou a sugestão a Perrie, e elas foram até o refeitório, buscar mesas.

Com cinco mesas, empilhadas, elas bloquearam a entrada. Observaram, através de janelas,
a quantidade de neve que caía. Jesy rezava, pra que não fosse mais uma nevasca.

O próximo destino, era o ginásio. Perrie estava agarrada, ao braço da Jesy, enquanto caminhavam pelos corredores. Se mantinham juntinhas, por causa do frio. Era o que a Jesy pensava. Perrie estava com medo. Não parecia, ter zumbis ali dentro. O que a incomodava mesmo, era o escuro.

- Jess... Todas as histórias, sobre fantasmas, que eu já ouvi na vida, estão vindo a minha mente agora. - Perrie sussurrava, apontando sua lanterna, pra todos os lados. Além de suas
respirações, só ouviam os seus passos.

- Você tem medo, de fantasmas? - Jesy soltou uma risadinha.

- Para! - Perrie beliscou seu braço. A ruiva fez cara feia, sentindo dor.

Antes de chegarem ao ginásio, Perrie petrificou, virando o corpo totalmente, para olhar pra trás. Elas começaram a ouvir passos. Passos muito estranhos, para serem de zumbis. Então, ouviram um barulho medonho e muito alto. Parecia um rosnado. O coração da Jesy palpitou. E então, ele foi iluminado, pelas luzes das lanternas. Perrie deu passos pra trás, puxando Jesy pelo braço, em que segurava. Mas, a ruiva não se moveu, esticou a mão que segurava a arma e atirou no cachorro zumbi. Ficando um pouco mais aliviada, estava com medo de ser o fortão. Então, vieram mais passos, iguais aos que ouviram
anteriormente. Com eles, havia outro barulho, que não conseguiram distinguir o que era.

Apocalípse (Pesy)Onde histórias criam vida. Descubra agora