Apocalípse (Pesy)

Seattle

Havia uma Land Rover e uma Ferrari, na garagem da prefeitura. Perrie ficou chocada, ao descobrir que teria que dirigir a Ferrari. Quase implorou para que fossem, espremidas, dentro da Land Rover. Até tentaram, mas não deu certo. Então, foi Jesy, Perrie e o Reggie na Ferrari e as outras quatro na Land Rover. Perrie ia bem, seguindo a Lauren.

Estavam na estrada a mais de uma hora e de repente, um zumbi atravessou na frente da Ferrari. Perrie desviou rápido e quase bateu no poste. Ela encarou Jesy que segurava firme o Reggie, se recuperando do susto.

- Jesy... Eu não quero mais. - Perrie disse, trêmula.

- Tudo bem, amor. - Jesy segurou em sua mão. - Vamos fazer uma pausa.

- Eu não consigo.

- Claro, que consegue. A culpa foi do zumbi. Relaxe.

- O que aconteceu? - Lauren perguntou. As duas desceram da Ferrari. Jesy atirou no zumbi, que havia entrado no caminho, instantes atrás.

- A Perrie, precisa de uma pausa. - Jesy disse. Perrie assentiu.

- Ah sim.

- Que frio! - Leigh reclamou, ela tinha perdido a jaqueta, na explosão da caminhonete. Jade a abraçou. - Vamos ficar aqui, por quanto tempo? Podíamos entrar ali, até amanhecer. - Ela apontou pra casa, a frente.

A casa estava abandonada, não havia nem zumbis. Se ajeitaram, ali na sala mesmo, esperando o dia raiar.

Jesy não enxergava direito, tinha medo de dirigir e o gás podia chegar a qualquer momento, por ali. Tudo isso, estava se passando pela cabeça da Perrie. Jesy e as outras, dormiam tranquilamente. Estava quase amanhecendo e a loira não pregava o olho, por nem um segundo. E ainda havia a ansiedade, pra chegar logo a Seattle. Se levantou, precisava de água. Pegou suas muletas e saiu do quarto, pra onde as seis tinham subido, uma hora atrás. Tomou sua água na cozinha e observou o quintal, pela janela.

Minutos depois, ela fez o caminho de volta pro quarto, precisava tentar dormir, pelo menos uma hora. Então, ouviu um barulho. Jesy lhe disse, que aquela devia ser a porta da garagem, quando estavam revistando a casa. Mas, não chegaram a abri-la. Ela se aproximou e abriu a porta. Era a garagem, e estava meio escura. Perrie estava desarmada.

Ela avistou, várias caixas e um carro. Foi se aproximando, até perceber uma movimentação, atrás do carro. Perrie voltou até a porta, com medo. Devia ser um zumbi. Ia voltar pro quarto, mas algo voltou a se mexer lá, naquele canto. Perrie lembrou de sua condição e sem medo, foi até lá, com suas muletas.

Com passos lentos, deu uma espiada atrás do carro preto, de vidros escuros. Ficou assustada, ao ver uma garotinha, ali. E ela não era um zumbi.

- Oii. - Perrie disse, calma. A menina lhe encarava, com os olhos arregalados. Então, começou a chorar silenciosamente, abraçando as pernas, deitando a cabeça nos joelhos. - Ei... Tudo bem? - Ela não voltou a lhe olhar. - Onde está a sua mamãe?

Teve a atenção da menina. Ela rapidamente, olhou pro carro. Perrie caminhou devagar, até lá. Viu uma mulher no banco do carona e um homem, no banco do motorista.

Ambos estavam mortos. Ele, estava com uma arma na mão, a mulher com o pescoço mordido e uma bala na cabeça, assim como ele. Perrie voltou até a menina, querendo abraça-la. Mas, não o fez.

- Faz quanto tempo, que você está aqui, sozinha? - A menina não respondeu. - Tá. Quer ficar aqui, ou quer ir com a tia? - Segurou as duas muletas com uma mão e estendeu a outra, pra menina, que a agarrou, se levantando. Ela parecia, ter uns seis anos. Tinha olhos castanhos e cabelos cacheados, pretos. E ela não parava de chorar.