Capítulo 03 - Pelo Menos Uma Noite

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Quando Bruno disse que o lugar não seria o que eu estava esperando eu não fazia ideia do que se tratava. Um espaço harmonioso com luzes incandescentes e MPB tocando baixinho nas caixas de som coladas a parede, pessoas passeavam conversando, bebendo e dançando, e com pessoas quero dizer homens.

— É um clube de homens. — disse baixinho.

Ding ding ding ding. — Bruno pôs sua mão por cima do meu ombro — Você é muito inteligente.

— Ah Bruno eu já quero voltar. — disse revirando o corpo, mas fui puxado de volta no mesmo segundo.

— Há! Nem pensar Henrique Bitencourt, você vai ficar e arranjar um estepe pra essa noite.

— Mas não sou bom nesse negócio xaveco, sabe quanto tempo demorou pra eu falar com o Tar... — ele põe o dedo na minha boca.

— É proibido citar ex-namorados numa farra. Além do mais não a nada que algumas caipirinhas não resolvam, então vamos ao bar, one, two, thre, drink e é isso aí.

— Não sei não. — meu celular tocou naquele momento, olhei para a tela, Tarso, desliguei furiosamente e da mesma forma devolvi o celular ao bolso. — Tudo bem, vamos beber.

Nos dirigimos ao bar que tinha uma bancada em meia lua bastante espaçosa, alguns caras estavam sentados ao redor. O barman era um daqueles que faziam espetáculos com seus aparatos de tequilaria, ele servia aos clientes lançando os copos habilmente sobre a bancada, esses deslizavam até as pessoas, imaginei que considerando minha onda de azar eu poderia deixar cair, por essa razão resolvi sentar bem no meio da bancada que era onde tudo estava sendo preparado.

— O que vão querer rapazes?

— Duas caipirinhas. — Bruno respondeu sentando a minha esquerda — Com muito leite condensado.

Posso jurar que vi alguma coisa rolando entre a troca de olhares daqueles dois, o Barman sorriu depois que Bruno mordeu os lábios, todo aquele lugar parecia uma arena do sexo e eu me sentia completamente desarmado.

— E você? O que vai querer? — o rapaz me perguntou limpando mais um dos recipientes.

— Uma caipirinha também, com menos limão e mais vodca... Pensando bem, vodca não, cachaça.

— Uh. — o barman ergueu as sobrancelhas — o drinque da sorte, gosto assim.

Para meu azar ele foi para a esquerda preparar as bebidas, prensei o lábio com ligeira indignação e logo depois senti um beliscão no braço.

— Você roubou meu homem Henrique.

— Para com isso Bruno, ele só me congratulou por querer algo mais forte. Foi de você que ele ficou a fim. — recostei o ombro no do meu mais novo irmãozinho. Ele sorriu e quando sua bebida chegou só confirmamos que um de nós voltaria pra casa com um sorriso no rosto. O copo tinha um canudo curvado em formato de coração e um bilhete colado com um pinguinho de leite condensado.

O Brilho da TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora