Após uma sequência de acontecimentos ruins num único dia, o maior desejo de Henri era poder recomeçar a vida sem lembrar de quem lhe machucou e tentar ignorar o fato de ir estar morando com seu pai, com quem tem uma relação conturbada.
Mas quem...
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Movimentar os projetos estava sendo um trabalho difícil, mal havia percebido e de repente já eram dois meses de foco e determinação em cada evento que destacaria ainda mais a Chermont... Dois meses ao lado de Lamartine.
— Vai trabalhar hoje Henri? — Patrício estava na sala e me viu descendo as escadas.
— Sim.
— Mas no domingo? — Eliza perguntou com um biquinho.
— Esse daí só pensa em trabalho mãe, não ainda insistir. — Bruno nem se deu ao trabalho de tentar me convencer a não ir.
— Nós teremos um evento importantíssimo em breve, o trabalho está a mil por hora, além do mais hora extra é bom para minhas economias.
— Há! — Eliza agitou-se no sofá — Minhas economias, esse daí não nega o sangue do Patrício.
Foi um curto momento, mas sorri para meu pai que assentiu me deixando sair.
— Vai lá meu filho, boa sorte.
— E não esquece que você me prometeu uma joia. — Eliza soltou.
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"Diga seu nome e o que deseja."
Tentei não sorrir com o jeito do segurança falar, ele achava que eu era alguma entidade ou coisa assim? No entanto compreendia que entrar na casa do sobrenome mais repetido pela Forbes não deveria ser nada fácil.
— Ah... Sou Henrique Bitencourt, assistente do senhor Lamartine, ele me convocou para um almoço de negócios hoje.
Ouvi uma voz feminina ao fundo do interfone e logo o portão abriu-se magneticamente.
"Desculpe o inconveniente senhor Bitencourt, pode entrar"
Atravessei o portão e segui pelo tapete de seixos até chegar à mansão de estilo clássico com um tom ligeiramente gótico, mas não exagerado, creio que o senhor Mariano gostasse de um ambiente levemente hostil para demonstrar desinteresse em convidados, bom... Conseguiu.
Tudo era silencioso naquele palácio bem decorado a moda antiga, silencioso demais.
— Você quem é? — Uma voz feminina e não muito gentil me perguntou, olhei para trás e uma mulher me encarava com olhos azuis grandes, sua pele não contrastava muito com o vestido branco, já tinha visto muitas vezes.
