Capítulo 25 - Braços sem Abraços

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O Açúcar já tinha caramelizado quando desliguei a panela e joguei todo o conteúdo na tigela junto às massas redondas, nunca tinha feito croissant, mas torci para que estivesse gostoso.

Ouvi os passos descalços e pesados de Lamartine, olhei de relance para seu rosto recém-lavado com olhos ainda roxos, ele estava com uma cueca boxer preta e regata branca um tanto folgada no seu corpo repleto de curvas maciças, algo belo para se admirar só que não queria queimar o café então voltei ao fogão.

Mesmo assim senti um braço forte me puxando para trás, Lamartine segurou gentilmente minha cintura e pegou meu queixo até que nossos lábios estivessem se tocando, apesar de ser cálido senti um pouco de fome naquele beijo e até mesmo uma envergonhada língua umedecendo meu lábio superior, eu estava agradecido por ele não ter se destruído tanto ontem quanto da vez anterior, estava agradecido por ter tomado banho direitinho e acima de tudo agradecido por estar conseguindo envolvê-lo em meus braços naquele momento.

Estávamos presos num silêncio quebrado apenas pelos estalidos dos beijos e a respiração profunda, Lamartine me ergueu sobre a pia e abraçou-me, envolvi sua cintura em minhas pernas sentindo a ereção contra a barriga trincada e tocando sua bunda com minha panturrilha, alisei seu peito, toquei os detalhes grossos do rosto enquanto ouvia aqueles gemidos famintos tartamudeando meu nome. Minhas mãos encontraram o membro duro sob o elástico da cueca e inspirei o desejo de coloca-lo na boca, meu pescoço foi beijado de maneira tão ávida que apertei o corpo esculpido ainda mais, inspirando o cheiro quente que a manhã lhe proporcionou.

— Estou tão feliz por não ter desistido de mim. — Lamartine falou suavemente.

— Você precisa selecionar melhor suas companhias.

— Eu só quero você na minha companhia Henri.

Ele chupou meu pescoço soprando nas partes onde sua saliva grudava me doando um frio prazeroso a cada toque áspero de seus lábios e da barba que estava maior.

— Para — falei com tanta libido explodindo que não me fiz ouvir direito — Para.

Lamartine recuou com olhos um tanto alarmados, ele engoliu a seco e entreolhou para baixo. Segurei seu rosto e com tranquilidade falei:

— Você sabe que não precisa recuar de mim não é?

Um assentir com a cabeça foi a resposta.

— Não estou recuando de você... Estou recuando de mim mesmo.

— Como assim Lamartine?

— Henri... Têm coisas no meu passado, coisas que me deixam um pouco perturbado, não quero te incomodar com isso também.

— Essas coisas têm a ver com o fato de você beber mais do que o normal?

— Tem, tem e muito.

O Brilho da TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora