Após uma sequência de acontecimentos ruins num único dia, o maior desejo de Henri era poder recomeçar a vida sem lembrar de quem lhe machucou e tentar ignorar o fato de ir estar morando com seu pai, com quem tem uma relação conturbada.
Mas quem...
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O fim de semana nunca demorou tanto, eu precisava de um tempo afastado daqueles que estavam me dando dor de cabeça, e apesar de ver Rose e Kleiton todos os dias era com eles que preferia ficar.
— Espero que vocês tenham aproveitado bastante o carnatal do ano passado, porque carnaval esse ano não vai rolar.
Rose estava revoltada por conta do trabalho dobrado em todos os setores. Tínhamos acabado de sair da empresa e o shopping foi a melhor opção para espairecer, na verdade foi a única.
— Eu nunca saio pra o carnatal.
— Sua mãe não deixa? — Perguntei a Kleiton que me respondeu com o dedo do meio.
— Minha mãe não está nem aí se eu sair, o negócio é que não gosto dessa folia de rua, apenas.
— Ah! Pois eu adoro — Rose se espalhou toda na mesa — Os foliões, o calor, a diversão. No ano passado fiquei tão inspirada que fiz as artes para duas campanhas publicitárias sobre prevenção.
Congratulei-a, Rose sempre via um desenho, uma campanha ou até mesmo uma roupa nas mais diversas situações, festas eram suas fontes principais. Por sorte ela nasceu na cidade onde existe o maior carnaval fora de época.
— Mas e você Henri? — Kleiton cortou o assunto — Como estão as coisas com Lamartine? A Rose me disse que ele é infernal.
— Ah... Bom... Nós, finalmente estamos nos dando melhor agora.
Naquele sábado Lamartine não tinha ido à empresa, mas a presença dele na minha memória ainda estava me enlouquecendo.
— Não acredito que somos os funcionários de Lamartine Chermont — Rose disse excitada — Procurei mais sobre ele e os resultados foram esses.
Ela mostrou a tela do seu Iphone repleta de matérias sobre Lamartine, ele era líder presente de uma empresa em Marselha, mas não apenas desta, várias filiais da Chermont eram chefiadas por Lamartine, na internet ele estava sendo apresentado como um empresário focado e grande colaborador de causas sociais, mas por que estava tão diferente naqueles dias?
— O cara é um magnata tão promissor quanto o próprio pai. — foi Kleiton que falou — lá no escritório me disseram que ele tem uma marca de roupas finas só dele, com a sede em Paris, mas é chefiada por um sócio, a cidade favorita dele na Europa é Marselha.
Talvez por isso Lamartine só tenha comentado sobre a empresa menor nessa cidade.
— Gente, como vocês sabem tanto assim desse cara? — perguntei com ligeiro incômodo, por mais que eu tentasse escapar de Lamartine, ele continuava em todos os lugares.
— Tá tudo no google neném. — Rose apontou para o celular — Me admira você não pesquisar nada sobre ele, como o assistente deveria saber mais do que todos nós.
