Após uma sequência de acontecimentos ruins num único dia, o maior desejo de Henri era poder recomeçar a vida sem lembrar de quem lhe machucou e tentar ignorar o fato de ir estar morando com seu pai, com quem tem uma relação conturbada.
Mas quem...
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— Vou sentir saudades.
— Eu não vou nem um pouquinho.
Lamartine me abraçou forte depois da minha resposta desdenhosa, seus lábios massagearam meu pescoço como a casca de um pêssego, até que enfim abriram-se para lhe chupar com mais vontade. Fazer aquilo em plena sala me deixava nervosíssimo, mas mesmo assim ousei recuar meu bumbum para o pau crescente contido naquela calça que não tinha muito sucesso em esconder a ereção, senti um puxão no meu cabelo, meu pau também inchava e sentir a orelha sendo mordida deixou-o a ponto de babar.
— Imagine só se você fosse sentir. — sua voz sussurrante denotava a expiração de quem queria foder mais uma vez.
Desvencilhei-me para o lado pegando minha agenda, Lamartine grunhiu algum palavrão.
— Você para o porto ao meio dia e às quatorze horas o seu barco parte para o Rio de Janeiro, de lá vai passar três dias num cruzeiro até a costa de Marselha que por acaso é a sua cidade favorita, planos para a volta?
— Como sabe que Marselha é a minha cidade favorita? — ele desfez a cara de exasperação por um segundo e ficou curioso.
— Esqueceu o que move a empresa?
— A claro, fofocas. Bom, respondendo a sua pergunta, não, não sei o que vou fazer lá além de resolver algumas coisas com o meu sócio sobre a nossa grife e ficar na minha casa, vai ser um porre ter que encontrar todo mundo de novo, você me acompanha pelo menos até o porto?
— Só vou porque é meu trabalho.
Sorrimos juntos com minha mentira deslavada.
Lamartine pediu que eu o levasse no meu carro, já que ele não voltaria e não queria a companhia de um motorista, na verdade acho que ele queria mesmo era ir segurando minha coxa durante o caminho.
— Pra quê toda essa carência? — lhe passei um olhar que era ligeiramente repreensivo — São só alguns dias, semanas no máximo.
— Não queria passar semanas longe de você. Você está sendo uma grande ajuda para mim, tanto no meu emocional quanto no quesito parar de beber. Você é a pessoa mais especial que eu conheço Henri.
— Que ótimo! Mas está na hora de fazer isso por si só, quando eu não estiver por perto você também tem que se controlar. Me promete?
— Tá bom, eu prometo.
— Espera, o que? Aquele é...
Em frente ao estacionamento portuário um rapaz estava com sua roupa de hipismo flamulando alguns papéis em mãos.
— Bruno? — Desci do carro e fui a sua direção, Lamartine me seguiu dando gargalhadas — O que você está fazendo aqui?
— O moreno gato, bonito e sensual me pediu para buscar alguns documentos seus.
