Capítulo 12 - O que você faz pra desestressar?

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Cada passo era sufocante, passei todo o fim de semana imaginando aquele momento com Lamartine, foi a coisa mais errada que eu poderia ter feito e ao mesmo tempo tinha sido tão sublime que em vários momentos me peguei sorrindo, mas não era assim que entrava na sala, entrei com o rosto preso numa torrente de arrependimento confuso.

— Henri! — foi meio assustador ser recebido com uma saudação tão feliz, Lamartine e Joanne estavam tão radiantes quanto a manhã, ambos com taças de champanhe nas mãos, foi Joanne quem me convidou — Venha, junte-se a nós.

Aproximei-me lentamente e recebi uma taça, Lamartine mordeu o lábio em meio ao sorriso, ato que apenas eu presenciei, ficava apavorado com suas investidas em público.

O que Joanne pensaria se soubesse?

— Estamos comemorando algo em especial? — perguntei ainda meio por fora do momento.

— Lamartine? —Joanne apontou para o irmão que levantou o celular e pressionou sobre uma mensagem de áudio.

"Devo dizer que estou impressionado com os resultados obtidos com uma simples reuniãozinha, os sócios me enviaram mensagens confirmando renovações de contrato e oferecendo capital para custearem os novos projetos da Chermont Rio Grande do Norte... Parabéns Lamartine."

Era a voz de Mariano Chermont, parece que afinal de contas ele não estava mais tão chateado em ter deixado o filho no comando da empresa.

— Quer dizer que vamos ter auxílio para os novos projetos? — disse sorrindo.

— É o que parece. — Lamartine tomou sua taça de uma vez só fazendo um rosto azedo — Isso significa muito trabalho para movimentarmos todos eles, você está conosco Henri?

— É claro que está! — Joanne me abraçou — Henri, sem a sua ajuda nada disso seria possível, você é nosso menino dos olhos.

— E que olhos. — Lamartine completou me deixando envergonhado, mas por sorte o meu rosto foi apenas de agradecimento, ou pelo menos senti isso.

— Bom... Se vocês precisam de mim é claro que ajudarei.

— Sei que podemos contar contigo. Agora eu vou voltar para a sala. — Joanne pegou a garrafa de champanhe, o que fez com que Lamartine lhe olhasse firmemente — E vocês garotos, é melhor adiantarem os próximos passos, farei o mesmo.

Quando Joanne se retirou não demorou mais que um segundo para meu chefe soltar uma das suas.

— Parece que teremos que passar bastante tempo juntos, o que acha disso senhor Bitencourt?

— Acho uma boa hora para estabelecermos limites no nosso relacionamento.

— Sua nomenclatura é muito pesada, que tal chamarmos apenas de amizade?

O Brilho da TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora