Após uma sequência de acontecimentos ruins num único dia, o maior desejo de Henri era poder recomeçar a vida sem lembrar de quem lhe machucou e tentar ignorar o fato de ir estar morando com seu pai, com quem tem uma relação conturbada.
Mas quem...
Para quem não acompanhou minhas explicações no feed (pelo amor, sigam os seus autores favoritos e olhem os feeds) Eu estava passando por um pequeno bloqueio criativo, a nossa situação política atual também não ajudou em nada, é meio complicado manter uma saúde mental quando parece que todo mundo quer jogar uma pedra em você, e com você eu digo os LGBTQ+ em geral.
Porém, em contra partida, histórias de amor e diversidade são inspirações para nossa realidade, seja ela dura como for, encontramos em plataformas como o Wattpad um refúgio para todas as tribulações do lado de fora, essa é a nossa forma de mostrarmos que existimos, em todas as nossas facetas, com todos os nossos tons e sabores... Vamos muito além das sete cores.
Sendo assim, não desistirei nem dessa e nem de qualquer outra história em meu cronograma, desculpem o desabafo, sei que como refúgio vocês não esperam ver também aqui esse tipo de coisa, mas imagino que mesmo a distância essa corrente que nos une é forte e resistirá a qualquer forma de opressão, carinhosamente a todos os meus amores e amoras,
Nil Marinho.
Bom capítulo.
P.S: Capítulo duplo hoje, acabando o 31 já pode rolar para o 32 ;)
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Mal eu havia chegado de Paris e já precisei viajar mais uma vez, agora o rumo era Nova York, a exposição no the MET estava sendo muito aguardada e mesmo antes da saída do Brasil já tínhamos organizado uma boa parte do evento. Estávamos Lamartine e eu num jatinho particular que ele pediu para uma das alianças C-Diamond, todo o veículo era ostensivamente belo, poderíamos levar mais umas dez pessoas nele, mas Lamartine se recusou, queria o jatinho exclusivamente para nós dois.
— Então, nós substituímos as estátuas de mármore por modelos reais, certo. — me acomodei no assento ao lado de Lamartine, colocando meu tablet na encosta entre nós — Já sabe o que vai fazer sobre os figurinos?
— O que você acha?
— Bom, aqueles que usamos no desfile sem dúvida alguma chamam atenção, mas acho plausível colocarmos peças mais sóbrias, para deixarmos as joias em evidência.
Lamartine sorriu enquanto sua mão se movia no bolso.
— Eu estava pensando justamente nisso Henri, você gosta desses modelos?
A tela de seu celular mostrava roupas em tons cinza, azul royal e rubro acetinado, concordei na mesma hora e ele me beijou inesperadamente.
— Calma aí grandão — o contive afastando o seu queixo — É hora de trabalhar.
Ele bufou afastando-se quase nada e olhando para algumas outras fotos do interior do museu disse:
— Ironicamente, o meu irmão pediu para que a equipe de Paris organizasse toda a festa, vamos apenas para fechar negócios.
