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     Olho através dá janela do ônibus, vejo só árvores. Por que papai mora tão longe? São 4 horas de viagem e o tédio é de matar, pego um livro. Meu livro preferido. Começo a ler, estou atenta a cada detalhe dá história e na parte mais interessante um homem começa a fazer barulho com um saco de salgadinhos, olho para ele, com aquele olhar matador e o mesmo não percebe. O ruim de pegar ônibus de viagem é que tem gente barulhenta, sempre vem um para tirar a paz do silêncio, não vejo a hora de comprar meu carro.

Olho no relógio, ainda falta 1 hora para chegar. Já começo ver algumas casas, estou quase chegando na cidade.

Enfim o ônibus para, e os passageiros começam a descer. Estou no terminal, olho ao redor a procura de um táxi, encontro um e vou até ele.

- Para esse lugar.- adentro o táxi e entrego o papel que está o endereço que papai me passou por telefone.

- OK.

Já vim algumas vezes aqui, não estranho muito o lugar, se não me falhe a memória vim umas quatro vezes. Não sou muito de visita-lo, por causa da distância, falo com ele mais por telefone.

Sinto meu celular vibrar, ele está na bolsa que está entre minhas pernas, tiro-o e vejo quem mandou a mensagem. Há muitas mensagens.

Lorena (2)

Amigaaa... Onde você está? Estou te ligando faz horas e você não atende esse bendito celular.

Irei mandar a polícia atrás de você, senão entrar em contato comigo.

Respondo para ela dizendo a seguinte frase:

Amiga, desculpa-me não atender suas ligações, pois estou viajando para casa de papai, aliás, já estou aqui na cidade dele. Não atendi suas ligações por não ter sinal, agora que cheguei dá viagem.

- Chegamos.- olho para o moço sem me dar conta que já estamos em frente ao endereço.

- Oh, sim.- sorrio- quanto deu?

- 40$

Dou o dinheiro para ele e sai do carro, olho para casa do papai, nada mudou. Branco gelo a mesma cor de antes, as mesmas rosas no jardim, só que estão mais vivas, mais bonitas.

Caminho até o gramado, olho para porta de cor branca e bato a mesma. Espero ali alguns segundos, até aparecer uma garotinha que aparenta ter uns dez anos.

- Oi, me chamo Tessa.- ela me dar um sorriso largo, mostrando seus dentes- na verdade é Teresa, mas pode me chamar de Tessa!- sorrio para garotinha.

- Oi, Tessa. Tudo bem?- antes dela responder papai aparece.

- Minha filha- ele abre os braços e vem até mim- quanto tempo- papai me abraça bem forte- por que não me avisou? Eu poderia ir lhe buscar.

- Não queria incomodar. Como o senhor está?

- Estou bem minha filha, venha comigo quero te apresentar uma pessoa.- caminho com papai pela casa, vejo que está toda arrumada e mais afeminada.

Caminho com papai até a cozinha e vejo uma linda mulher de costas, ela está usando um avental amarrado na cintura e está com um vestido vermelho com flores brancas, seu cabelo de cor mel vai até o ombro em um corte Chanel.

A mesma vira-se com uma bandeja em suas mãos, quando me vê lança-me um sorriso enorme, ela deixa a bandeja em cima da tábua de madeira que esta sob a mesa.

- Querida essa é Bárbara, minha filha.- a mesma limpa sua mão em seu avental.

- Que linda, prazer me chamo Melinda.- ela estende a mão e eu pego a mesma.

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