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  Bárbara

       Meus olhos estão vendados e minhas mãos amarradas, sinto um cheiro podre e estou sentada em um chão úmido e que parece está com limo -apesar de eu está vendada sinto o que está abaixo de mim- minhas coxas estão encostando nesse chão sujo. Meu peito sobe e desce descontroladamente, tenho vontade de chorar.

    Tudo está em silêncio, até que passos ecoaram pelo ambiente.

   Minha venda é tirada e eu pude vê o ambiente horrível que estou, com pouca iluminação e as paredes são sujas e com limo como o chão, o cheiro podre é por causa de uma fossa que está a dois metros de mim, por fim olho para a pessoa que tirou minha venda.

   O mesmo não diz nada, ele está mascarado e todo coberto com roupas preta.

- Onde estou? Quem é você?- digo quando ele tira sem piedade a fita que estava na minha boca.

   O silêncio permanece, ele me levanta daquele chão sujo e me guia para um outro compartimento, um quarto de 4x4 muito pequeno, onde tem um colchão gasto e uma porta na parede esquerda (que supostamente pode ser o banheiro), o mesmo apenas me deixa naquele quarto abafado que tem apenas uma janela que por sinal está fechada com pedaços de madeira.

   Quando ele sai vou diretamente para janela vê se tem alguma possibilidade de sair, ponho meus dedos finos na brecha das madeiras e tento arranca-las, não consigo estão muito fixas.

   Sento-me no colchão (que é o mesmo que esta no chão) e encosto minha cabeça na parede, ela conseguiu!

    Uma raiva me sobe, e meu bebê começa chutar dentro da minha barriga, tento me acalmar pois o que eu sinto o meu bebê sente e isso não é bom.  Só penso em uma coisa "o que ela vai fazer?" Isso me preocupa, até agora ninguém falou nada e ela nem veio aqui... Por que eu afirmo que é ela? Porque é dela que eu estava fugindo, e o Stephan? Como ele está? Meu Deus será que ela fez alguma coisa com ele... Faz tanto tempo que não nos vimos, eu sinto saudades do seu beijo, do seu cheiro amadeirado e principalmente do seu abraço, como é bom!

     [...]

  13h00min eles arrastaram um prato de comida, arroz (que parecia um mingau), carne e feijão, no quarto tem um relógio aqui é tão silencioso que dá para escutar o tic-tac dele, pego o prato um pouco desconfiada e cheiro.

- Será que tem veneno?- faço-me essa pergunta. Eu não como, do jeito que deixaram, ficou, essa mulher é louca ela pode fazer qualquer coisa para me matar.

  As horas foram passando e eu encolhida estava no canto da parede, estou sentindo uma mistura de sentimentos: raiva, medo, vontade de chorar...

  A porta é aberta e um homem entra pegando a bandeja...

- Se não comer vai morrer...- diz com a bandeja em suas mãos.

- Então deixe-me ir!- digo me levantando do chão.
 
  O mesmo começa rir e eu fico furiosa.

- Está rindo do que?

  Ele fecha a porta deixando a pergunta no ar.

  [...]

  Os dias estão passando e os minutos parecem parados, hoje estou entrando no nono mês e faz cinco dias que estou aprisionada. Eu acabei comendo a comida, se eu não comesse iria morrer de fome.

  Ando para um lado e para o outro, pensando na possibilidade de eu fugir desse lugar agoniante. A porta é aberta bruscamente e quem aparece passando por ela, nada mais e nada menos que a cobra!

  A mesma tira o seu óculos escuros lentamente e me encara com um sorrisinho maléfico.

- Oi desgraça!- ela diz sorrindo.

- O que você quer comigo? Me deixa ir embora...

- Não querida, te olhar assim... Me dá um gostinho na boca maravilhoso...

- O que você vai ganhar com isso? Eu não estou mais com o Stephan, fiz o que você pediu...- ela rir.

- Não fez não querida, ele foi atrás de você- fico surpresa, o Stephan foi atrás de mim? Quando?.

- Isso é mentira...

- O que eu ganho com isso... Bom, vamos dizer o fruto do meu adorado Stephan.- nesse momento toco na minha barriga e grito.

- Você não ouse tocar em mim!- aponto para mesma.

- Eu não vim aqui para bater papo com você.- Jennifer olha para suas unhas- quero saber com quantos meses está...- ela me olha.

   Eu fico em silêncio.

- Fala desgraçada... Henry pegue a faca, você não vai falar mesmo?

  Ele se aproxima.

- Tá bom, tá bom... Nove.- digo baixo.

- Muito bem cachorra... Fique de olho nela, quando tiver se contorcendo de dor leve-lá para- a mesma sussurou no seu ouvido.

                            ***

   Austin

   Acordo com o toque do meu celular, olho para o outro lado da cama e Bárbara não estava lá. Meu coração acelera rápido de mais e eu só penso o pior, vou em direção a cozinha e vejo em cima da mesa um bilhete.

- Droga Bárbara...- digo quando término de ler- você não pode está saindo assim!

   Me arrumo rapidamente e vou até a padaria, porém ela não estava mais lá.

- Onde você está?- pego a foto dela no meu celular e pergunto para as pessoas se viram-a, todas as pessoas que eu falei negaram.

- Eu vi essa garota entrando naquela rua.- um senhor me informa.

  Vou em direção a rua e vejo um carro preto, e um homem segurando uma garota, não dá pra vê quem é.

   Eu conheço aquele vestido, é a Bárbara.

  Corro em direção ao carro, mas não alcanço.

  Senhor o que eu fiz para merecer isso?

   Penso diversas vezes se vou na delegacia, só que... Se eu estiver enganado? Vou para casa e espero ela aparecer.

   Fico com o relógio na mão e dia foi escurecendo, não sei se é certo ir na delegacia... Não posso ir, eles vão saber e vai ser pior. Só tenho uma única opção.

       [...]

   Estou indo para Nova Jersey, dirigindo. Viajo a noite toda até chegar.

  Toco na capinha e sua mãe aparece.

- Austin?- a mãe dá Bárbara fico surpresa- tudo bem meu filho?

  Digo que sim para não preocupa-la.

- Você tem o número do Stephan? Ou sabe a casa dele?

- O número eu não sei, mas a casa...- ela me conta detadalhamente onde fica sua casa.

   Sigo sua instrução e chego no seu prédio.

Passo pelo porteiro que me libera, vou até o seu andar.

   Bato na porta sem parar.

- Já vai- ouço ele gritar.

  Quando ele abre a porta tem a mesma reação dá mãe dá Bárbara.

- O que você está fazendo aqui?- pergunta com um tom áspero.

- A Bárbara...- eu estou nervoso de mais.

- O que tem ela? Vida não estão juntos? Eu não sei dela.

- Não, não você está se enganando. Não estamos juntos... Ela... Ela sumiu.

  Sua expressão muda radicalmente e o mesmo fica pálido que nem um cadáver...








Continua...


 

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