|15| Fear Of The Dark | Joker(Coringa)|

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Seu Nome✨

Coloquei minhas mãos dentro do bolso da jaqueta, tentando de alguma forma esquentar cada centímetro do meu corpo. Já se passavam das onze, as ruas estavam desertas, apenas as luzes de natal denunciavam o final de dezembro e o início de um inverno rigoroso. Olhei para os lados, tendo a sensação de que alguém estava me observando.

Há alguns meses atrás, passei por uma experiência traumática. Enquanto eu estava fazendo uma transição de negócios no banco de Gotham, fui feita refém de um assalto ministrado pelo famoso Coringa, inimigo declarado do Batman. Mesmo que eu não quisesse, eu não tive escolha a não ser acatar todas as suas ordens e de seus comparsas. Nunca imaginaria que em um dia qualquer, eu seria espancada, torturada psicologicamente e ainda mais, servir de escudo humano. Não sei como sobrevivi e como passei por isso sem me sentir muito mal. É claro que eu fiquei arrasada, quem não ficaria? Porém eu me mostrei mais forte do que eu sequer pude imaginar que eu seria.

Não sei se foi coisa da minha cabeça, mas no dia em que ocorreu, eu me senti intimidada, manipulada por um pessoa que eu havia acabado de conhecer. Dizem que o Coringa faz isso com as pessoas, as tortura tanto física e psicologicamente e às vezes chega a manipular o indivíduo, trazendo a tona a loucura que está presa dentro de cada um. Com a Arlequina não foi diferente. Quem em sã consciência deixaria sua vida explendida de psicoterapeuta para viver como a princesa do crime? Isso não era certo. Eu sempre tive os meus pés no chão, nunca cheguei a pensar seriamente no futuro, queria viver o presente, mas depois do assalto, tive a impressão de que eu estava ficando paranóica.

Busquei as chaves do meu apartamento dentro do bolso da minha calça assim que cheguei em frente ao prédio onde eu morava. O porteiro, Mika, liberou minha entrada, me desejando uma ótima noite e voltando a olhar para o seu celular.

Subi as escadas que levam a segunda porta do prédio e entrei, sorrindo ao ver uma de minhas vizinhas saindo do elevador. Ela me cumprimentou com um aceno e saiu do edifício, enquanto eu entrava na grande caixa metálica. Durante o tempo que eu passei dentro do mesmo, pude o ver o quanto estava cansada. Tinha olheiras fundas, meu corpo parecia que havia levado uma pancada em cada lugar e minha cabeça queria explodir.

As portas se abriram no sexto andar, e um rapaz totalmente desconhecido passou ao meu lado, com um capuz na cabeça. Com certeza achei estranho, já que Mika só deixa entrar quem é na maioria das vezes conhecido. Continuei andando pelo corredor e parei em frente a minha porta, destrancado a mesma. Assim que entrei em meu apartamento, um arrepio percorreu toda a minha espinha e tratei logo de acender todas as luzes. Verifiquei cada cômodo e não encontrei nada, sentindo um peso enorme sair de minhas costas. Fui caminhando em direção ao meu quarto, despindo-me, entrando debaixo do chuveiro assim que cheguei no banheiro de minha suíte.

Fechei os olhos com delicadeza e deixei que a água quente lavasse o meu espírito, mas por pouco tempo, pois os olhos verdes do Coringa invadiu a minha mente. Tentei afastar esse pensamento, mas não tive sucesso. Fechei o registro, peguei minha toalha, me sequei e me troquei,  jogando-me debaixo das cobertas e tornando a fechar meus olhos.

Guardei as chaves do meu apartamento dentro do meu casaco assim que o tranquei. Tirei meus sapatos e os deixei perto da porta, caminhando de meia até o meu quarto. Depois que tomei um banho relaxante, liguei a televisão e deixei passando um filme qualquer, até que meus olhos foram se fechando e como consequência perdi a consciência.

Senti uma respiração bem próxima do meu rosto, mas eu não conseguia me mover. Algo gélido tocou o meu pescoço, fazendo um caminho até o final da minha barriga. Eu queria gritar, queria me esperniar, mas de algum modo não conseguia.

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