|43| Miracles | Stephen Strange/ Doutor Estranho| Parte 1 |

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Seu Nome ✨

Nova York, 13 de Março de 2010

Abri os meus olhos com um pouco de dificuldade, tentando de todas as maneiras não ferir ainda mais a minha visão pela entrada de luz. A medida em que meu corpo voltava da escuridão, sentia cada músculo do meu corpo dolorido e isso era sinal de que algo não estava certo.
Tentei puxar o ar, mas algo me impedia e isso começou a me desesperar, fazendo com que as batidas do meu coração disparassem em um nível absurdo.

Como num passe de mágica, a enfermeira entrou acompanhada de mais um rapaz e pediu para que eu me acalmasse, mas eu não conseguia e isso era muito perigoso. Eles tentaram me segurar, mas era uma missão muito difícil. Eu me debatia e estava querendo muito que aquele todo equipamento fosse tirado rapidamente de mim.

— Chame o doutor Strange. — a mulher em minha frente disse, olhando diretamente para mim — Acalme-se querida, nós faremos um jeito nisso.

— Eu mandei um chamado pelo pager dele. — o rapaz disse — Devemos ceda-la.

— Eu quero que ela se acalme. — a enfermeira disse — Eu preciso que você se acalme Seu Nome, assim podemos remover os tubos.

Quando ela disse remover os tubos, instantaneamente eu fiquei ainda mais preocupada e por isso, o rapaz preparou uma ampola de sedativo e aplicou em mim, fazendo com que eu ficasse um pouca mais mole e perdesse a consciência dos meus atos.

Novamente eu acordei com um pouco de dificuldade, mas as dores haviam sumido e os tubos que me impediam de respirar sozinha também. Minha visão foi se ajustando a luz e quando me dei conta, havia um belo homem acompanhado de um mulher parados no pé do meu leito, ambos me encarando.

— Bem vinda de volta, Seu Nome. — ela sorriu, olhando para uma prancheta em sua mão — Eu sou a doutora Palmer e esse é o doutor Strange. — apontou para o homem ao seu lado — Você consegue falar?

Fechei os meus olhos, formando as palavras em minha cabeça, mas sem sucesso em conseguir pronuncia-las. Novamente o desespero tomou conta de mim e quando voltei a abrir meus olhos, os mesmos estavam repletos de lágrimas.

— É extremamente normal que um paciente que tenha ficado em coma durante tanto tempo tenha dificuldade para falar e até mesmo se movimentar. — doutor Strange falou, caminhando até mim — Está tudo bem. Nós iremos ajudá-la. — olhou para o aparelho em meu lado e apontou para a doutora Palmer — Você se lembra do que aconteceu? Dê duas piscadas para sim e uma para não.

Tentei buscar em minha memória algo que tivesse acontecido para que eu esteja nesse estado, mas por incrível que pareça, estava tudo vazio aqui dentro.
Pisquei uma vez, ainda atenta e olhando para ele que apenas assentiu.

— Você estava dentro de um ônibus de viagem levando os seus alunos para um passeio no aquário. Um caminhão invadiu a pista e chocou-se contra o ônibus, fazendo com que o mesmo ficasse destruído e tombado na rodovia. — ele disse, olhando para mim — Isso foi a seis meses atrás.

Eu estou em coma a seis meses? Como isso é possível?

— Nós achamos que você não iria sobreviver Seu Nome. Você estava tão debilitada que perdemos as esperanças aos poucos. Ficou na UTI durante duas semanas e quando finalmente saiu, não acordou.  — a médica disse, séria demais. — Mas agora devemos fazer alguns exames em você, para verificar como estão as coisas e também inciar a fisioterapia para que você volte a andar o mais rápido possível, certo?

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