Imagines Heróis Vol.2

|37| Stuck On You| Logan/ Wolverine|

✨Seu Nome✨

Levei mais uma garfada do meu delicioso macarrão ao molho branco, desfrutando os diversos sabores que se misturam enquanto eu via alguns episódios da quinta temporada de Friends. Já se passava das duas horas da manhã e como quase todas as noites, o sono não aparecia para pelo menos me fazer feliz por algumas horinhas. Eu estava em meu quarto, mais solitário do que a própria mansão Xavier depois que quase metade de seus estudantes morreu em um conflito travado por Charles e Magneto.

Nunca entendi ao certo a oficial diferença que existe entre os dois, mas quando o fatídico dia aconteceu, eu soube que era alguma coisa extremamente grave ou não teria morrido muitas pessoas inocentes. Meu pai nunca chegou a realmente me contar como tinha sido a sua infância, como havia formado os X-men e como ele tinha se apaixonado por minha mãe. Charles sempre foi muito reservado, até mesmo para sua filha. Mas de uma coisa eu tenho certeza, o Instituto, a família e a força de vontade de ajudar esses jovens mutantes sempre se passou em sua brilhante cabeça.

Fui desviada dos meus devaneios quando uma batida na porta me fez voltar à realidade. Peguei o controle remoto que estava em cima do criado mudo e pausei o episódio, andando até a porta do quarto. Assim que abri a mesma, Charles estava do outro lado, com uma aparência de cansaço e trajando seu pijama rotineiro.

— Pai? Eu fiz alguma coisa que não estou sabendo? — perguntei e ele abriu um sorriso amarelo, entrando no cômodo assim que dei permissão.

— Claro que não Seu Nome. — parou sua cadeira a poucos metros da minha cama — Você acha que todas às vezes que venho conversar com a minha filha é para dar uma bronca?

— Na maioria das vezes sim. — falei e ele apenas concordou.

-— Isso é porque você anda fazendo coisas erradas demais senhorita. — balançou a cabeça — Agora me diga, você consegue encontrar uma pessoa para mim?

— Dependendo de onde ela estiver, posso encontrar sem ela estiver muito perto. — olhei para ele — Mas por que não o faz? Seus poderes de telepatia e telecinese são mil vezes mais desenvolvidos do que os meus.

— Eu não posso, você é quem deve fazer isso. — me olhou.

Isso é conversa para boi dormir, só acho.

—Ainda não entendo, mas vamos lá. — respirei fundo, sentindo os meus músculos retraírem.

— Aqui não querida. — me interrompeu — Precisamos ir ao cérebro.

Claro, eu sabia que a minha hora de usar essa engrenagem chegaria. Quando eu era criança, sempre quis ao menos uma vez na vida colocar aquele capacete e quem saber desenvolver os mesmos poderes que meu pai, mas naquela época, eu não achava que era apenas a mera humana, não pertencia ao mundo dos mutantes.

Mas tudo mudou quando eu completei dez anos. Dores fortíssimas de cabeça, meu corpo começou a se desenvolver rápido demais e o pior, eu me trancafiei no quarto, sofrendo a minha própria angústia. Custou muito para que meu pai entrasse em minha mente e me contasse que tudo o que eu estava passando, ele havia passado quando era mais jovem também. Eu me permiti sentir e com a sua ajuda, aprendia controla-los e desde então venho vivido uma vida normalmente.

Como eu disse, nunca tentei de fato usar o Cérebro, ele era muito delicado e eu uma estabanada. Acredito que tenha sido por isso que Charles não deixou eu toca-lo por muito tempo.

— Sente-se. — ele pediu e obedeci — Fique calma e não se assuste.

Apenas concordei e ele com todo cuidado, esticou-se em sua cadeira para pegar o capacete e o entregou a mim, pedindo para que eu o colocasse  em concentrasse apenas no silêncio.