|32|Rescue Me | Charles Xavier |

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✨ Seu Nome ✨

Encostei-me no tronco oco do enorme carvalho que tinha ao fundo da propriedade dos meus pais. Já se passavam das três da manhã e eu buscava um pouco de oxigênio para suprir as necessidades dos meus pulmões. Havia deixado todos os meus pertences na casa, à única coisa que pensei foi em fugir, não poderia ser pega. Eu precisava de ajuda e a única pessoa para quem eu poderia ligar estava inacessível no momento.  

Não sou nenhuma vilã, nunca quis machucar ninguém, não mato nem uma mosca quem dirá um ser humano/alienígena. Mas eu escolhi o caminho errado, ele me fez assim e infelizmente eu tenho que viver com as consequências mesmo sabendo que elas podem ser catastróficas. Ele sabia o que eu iria enfrentar, sabia o que as pessoas diriam e mesmo assim se foi.

Eu tenho dons, eles são muitos poderosos,  porém eu acabei por descobri-los tarde demais e com isso ainda estou em um processo de adaptação, estou aprendendo a usá-los. Eu poderia muito bem aplicá-los nesse instante, mas com o meu nível de adrenalina a mil, eu simplesmente não conseguiria pensar no que eu poderia fazer para me safar dessa.

E como eu não tenho bola de cristal, corri como se minha vida dependesse disso – de fato dependia – e não olhei para trás, necessitava em sair imediatamente daquele lugar. Enquanto eu buscava um rumo para seguir, flashes dos acontecimentos recentes passaram pela minha cabeça. Eu estava em desespero, acabara de perder tudo. Havia perdido os meus amigos, minha casa, Ben e o pior de tudo, meus pais foram mortos na minha frente.

Só tinha um lugar em que eu poderia ir e não pisava naquele prédio há anos.

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Bati na porta várias vezes sem pensar, eu precisava me acalmar, precisava que alguém me ajudasse de qualquer maneira.  A grande porta de madeira do Instituto Xavier se abriu, revelando um Hank McCoy muito cansado e um pouco irritado por ser acordado aos gritos em plena madrugada. Mas quando ele me viu, sua expressão se suavizou, ficando dessa vez um pouco assustada.

— Seu Nome? O que faz aqui? — ele perguntou, olhando-me.

— Eu preciso de ajuda Hank. — falei rápido demais e sua feição me disse que ele não entendeu nada – Estou fugindo.

Antes que ele pudesse me responder, eu escutei o barulho da cadeira se movimentando no chão e isso fez com que o meu coração acelerasse ainda mais.

— Por que não a convida para entrar Hank? — a voz de Charles soou e por instinto Hank se afastou, revelando-o. — Pode ter sumido ultimamente, mas ainda é uma de nós, ainda é uma x-men.

Encarei o homem a minha frente, mas quando eu achei que ele falaria algo, Charles simplesmente apertou o botão de sua cadeira e deu as costas para mim, indo embora pelo enorme corredor que levava até o seu quarto. Hank fez um sinal com a cabeça para que eu entrasse e assim o fiz, sendo recebida por Scott com um abraço apertado e um cobertor para me aquecer. Eles me levaram até o quarto e pediram para que eu me acomodasse. Tempestade havia deixado algumas peças de roupas em cima da cama e quando sai do banho, eu as vesti.

Uma batida leve na porta fez meu coração pular e imediatamente eu corri até a entrada do cômodo e abri a mesma, levando um susto quando eu o vi parado bem a minha frente. Charles ergueu uma de suas mãos e passou pelo seu cabelo, revelando sua expressão de cansaço.

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