|48| Honest | Gary Unwin/Eggsy |

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Seu Nome✨

Enquanto eu olhava para a paisagem além da janela do táxi, milhares de coisas perturbavam a minha mente. Eu até que poderia justifica-las como um simples ato falho de um ser humano comum, mas eu sabia das consequências que essas escolhas trariam e mesmo assim eu decidi por segui-las.
Por muito tempo, eu pensei que a minha vida não tinha sentido e que eu não tinha um propósito por conquistar, porém nos últimos meses tudo mudou como se fosse da água para o vinho e mesmo precisando que essas mudanças acontecessem para eu acordar para a vida real, eu posso afirmar que não foram tão prazerosas como eu imaginava.

- Chegamos, senhorita. - o motorista falou, fazendo com que eu voltasse em si e olhasse ao redor.

O mais estranho de tudo era que ele me trouxe para um lugar completamente diferente de onde eu tinha pedido para ir e isso começou a me preocupar.

- Esse não é o meu destino, senhor. - tossi, vendo o nome Kingsman estampado em diversos lugares - Uma alfaiataria?

- Acredite senhorita, irá encontrar todas as respostas aí dentro. - olhou para mim através do espelho retrovisor.

Tirei de dentro da minha carteira uma nota de vinte euros, mas quando eu estendi e pedi para que aceitasse, o homem curiosamente declinou.

- Não é necessário. - sorriu, voltando a olhar para frente.

Ainda receosa, olhei ao redor, decidindo se desceria ou não do automóvel. O homem a minha frente manteve a postura e não disse nada, mas assim que eu abri a porta, juro que vi um sorriso simples brotar de seus lábios.
Quando me aproximei da entrada da alfaiataria, o táxi desapareceu pela avenida, deixando-me ainda mais intrigada por estar nesse local.

Assim que passei pela única porta de entrada ou saída do estabelecimento, um senhor que estava atrás do balcão me olhou com curiosidade e mesmo não sabendo o que eu estava fazendo, aproximei-me dele.

- Oi, eu...

- A senhorita precisa de ajuda em algo? - sorriu, olhando-me com paciência.

- Sim, por favor. - arrumei os meus fios desgrenhados - O motorista do táxi disse que eu encontraria todas as respostas aqui.

A carranca em seu rosto denunciava que ele estava mais confuso do que eu, mas ela se desfez quando um homem alto e muito elegante saiu de uma das cabines de prova. O indivíduo examinou-me dos pés a cabeça, arrumando sua postura e apoiando o guarda chuva que estava sua mão no chão.

- Você deve ser Seu Nome Lencastre, certo? - ele perguntou.

- Sim? - perguntei de volta, recitando mentalmente que eu iria ficar bem e que provavelmente não iria ser sequestrada.

- Venha comigo. - virou-se entrando na cabine que outrora ele estava.

Mais uma vez o meu subconsciente gritou e pediu para que eu saísse dali o mais rápido possível, porém como sempre eu teimava e fazia totalmente ao contrário da razão.

- Você vem? - ele falou em um tom de voz mais alto, mas não apareceu no meu campo de visão.

Meu olhar mudou da cabine para o alfaiate, que sorriu quando percebeu que eu estava observando-o. Ele indicou com as mãos para que eu seguisse o homem elegante e mesmo sabendo que entraria em uma enrascada por isso, eu tive a curiosidade de descobrir como ele sabia sobre a minha existência e por isso eu caminhei a passos lentos até a cabine número um. Assim que posicionei ao seu lado esperando por alguma explicação, o chão onde nós estávamos começou a se mover como se fosse um elevador para baixo. Eu tive que manter o controle e a sanidade mental para não gritar igual a uma louca.

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