MATT: Eu não sei... Estou muito fraco... Não consigo nem me levantar.
Ele está mais pálido do que a areia branca da ilha... é preocupante. Eu coloco a minha mão na sua testa...
Sua testa está bastante quente e não é por causa da temperatura ambiente. Naquele momento, penso na sua costela quebrada e me pergunto se estará infeccionando.
Eu olho para Matt com preocupação, então decido molhar um pano com agua do mar. Eu coloco o pano molhado na sua testa e olho para Matt, sem dizer uma palavra.
Ele está tenso, suando, respirando com dificuldade. Eu tentando pensar no que posso fazer para ajudá-lo, estou com medo de ficar nervosa, estou tentando não entrar em pânico.
Eu pergunto ao Matt como posso ajudá-lo. Vejo Matt virando a cabeça em minha direcção com dificuldade, ele murmura algo incompreensível.
Eu me aproximo dele e tento entender o que ele está tentando dizer.
MATT: Amor... eu preciso comer alguma fruta. Descansar... fruta...
A voz de Matt está bastante fraca, não suporto vê-lo assim. Eu digo a ele que vou pegar algumas frutas na floresta, ele não responde, parece que ele pegou no sono.
Eu caminho pela floresta, bastante nervosa. Não gosto de deixar Matt sozinho naquele estado, então eu tento ser rápida em encontrar algumas frutas para ele.
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Entro na selva com árvores altas e mata fechada, os raios de sol mal conseguem passar através da folhagem espessa das árvores. Milhares de pensamentos passam pela minha cabeça, roteiros de filmes com bestas enormes...
A cada passo que eu dou, eu penso para mim mesma que uma fera poderia pular em mim. Mas eu tento não pensar muito sobre isso e continuo caminhando em direcção ao meio da ilha.
Após alguns minutos, ainda não encontrei nenhuma fruta. Eu continuo o meu caminho pela direita, percebo que nunca estive aqui quando vejo uma rocha enorme.
Por favor me diga que eu não estou perdida! Eu olho em volta, e só consigo ver a vegetação sufocante. Eu tento não chorar quando penso em Matt, sofrendo na praia.
JULIA: Vamos, Julia, você não está perdida, certo? Você encontrará o caminho e levará frutas para o seu amor.
Aqui estou eu, falando sozinha novamente. Eu dou um longo suspiro e continuo caminhando em frente. É como diz o ditado, sempre em frente, sem olhar para trás!
De repente, vejo as mesmas macieiras que encontramos no dia anterior. Feliz e aliviada, pego o máximo que posso e vejo algumas outras frutas um pouco mais adiante.
Colho algumas frutas cítricas para preparar um bom suco de vitaminas para Matt. Eu puxo um galho, mas ouço um barulho atrás de mim. Eu me assusto e me viro rapidamente em direcção ao ruído.
JULIA: Tem alguém aí?
Não consigo ver nada, nem mesmo um galho ou folha em movimento. Assustada e preocupada, eu pego as frutas que já colhi e saio dali o mais rápido possível.
JULIA: Aqui, beba isso meu amor.
Eu entrego a Matt o coqueteil de frutas que fiz. Eu o ajudo a se sentar e dou gentilmente o suco em sua boca.
