Os dedos de Matt seguram o elástico da minha calça e ele as puxa para baixo. Matt tira então as suas roupas e se posiciona sobre mim.
O calor do seu corpo me deixa louca, quando nossas peles se tocam. Eu fecho meus olhos e me deixo levar pelo desejo e prazer.
Não ouço ou sinto mais nada além do vento que vem do mar e nossos corpos se unindo. Sinto o cheiro da sua pele misturado com as frutas e a madeira da cabana.
De repente, ouço um barulho alto de chuva sobre o tecto da nossa cabana e pelas janelas. O som do vento e da chuva lá fora se misturam com nossos beijos apaixonados.
Acho que posso ouvir uma tempestade, um pouco distante, o que torna o clima ainda mais excitante e sensual. Nós continuamos nos acariciando, com beijos e pegadas sensuais, quando a tempestade se aproxima.
Eu pulo de susto, Matt também levanta da cama. Um forte trovão faz tremer nosso abrigo e tudo ao redor. A chuva castiga o telhado e os raios estão mais fortes.
JULIA: Você acha que o abrigo vai aguentar?
MATT: Acho que já aguentou outras tempestades.
Estou sentada na cama ao lado de Matt, nossos corpos nus tremem com o vento frio. Vejo agua atravessando as tábuas de madeira do telhado. Eu olho para Matt, preocupada.
MATT: Logo a chuva vai passar.
Outro forte trovão, a poucos metros de nós, e eu tremo de medo. Matt me abraça para me acalmar e me esquentar.
As rajadas de vento estão se tornando cada vez mais fortes, as quatro paredes do abrigo estão balançando. Eu ouço o barulho com angustia e me encosto contra o Matt.
JULIA: Estou com medo amor.
MATT: Feche os olhos e coloque as mãos nos seus ouvidos.
Eu abraço o Matt e um poderoso raio atinge a cabana. A intensidade da descarga electrica tira um pedaço da parede da cabana.
Estamos em meio a um aguaceiro com vendaval no quarto. Eu levanto a minha cabeça e vejo Matt me segurando contra o seu peito nu, ensopado pela chuva.
Meu coração está acelerado, não consigo me mover direito, estou paralisada pelo medo e pelo frio. Vejo toda a cabana se despedaçando, então outra parede cai com a força do vento.
MATT: Levante-se, amor!
Matt está gritando, o barulho ao redor é ensurdecedor.
JULIA: Onde você quer ir?
MATT: Precisamos sair daqui, amor...
Eu seguro o braço do Matt e nós atravessamos a floresta, debaixo de chuva. Alguns relâmpagos ocasionalmente iluminam o nosso caminho, caso contrário, estaríamos sem enxergar nada.
Eu quase não consegui me vestir, todas as nossas roupas foram deixadas na cabana. Estou exausta, não consigo correr mais sem rumo. Eu seguro Matt.
JULIA: Onde estamos indo?
MATT: Eu não faço ideia...
JULIA: Não há para onde ir.
Não sei o que deu em mim, eu fico nervosa e solto a mão de Matt, por impulso.
JULIA: Não há nada que possamos fazer. Pare de pensar que a ajuda chegará, pare de ser ingénuo e pensar que está tudo bem. Ninguém mais está procurando por nós, ficaremos presos nesta ilha. Vamos passar o resto das nossas vidas fugindo de tempestades, comendo apenas frutas e peixe.
MATT: Amor... Acalme-se...
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