Capítulo 4

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Celina

Seria errado se eu não fosse para a casa do Antônio e sumisse? Não me leve a mal, mas é que está parecendo que estou me mudando pra lá para formarmos um casal de verdade. Estou eu aqui, arrumando minha mala, escolhendo as minhas melhores lingeries, minhas roupas mais sensuais, como se fosse para ele. O que não deixa de ser, só que não é de uma forma romântica. Longe de mim.

Já liguei para Julieta duas vezes para confirmar essa loucura​ e não tem jeito, ele pagou muito por isso. Não sei se me sinto bem com essa história, eu estou indo por quê quero, pela curiosidade de passar um tempo com ele, não por dinheiro, iria até de graça. No final, eu devolverei a minha parte da grana. Era impossível não imaginar como ele é na cama, um homem daquele tamanho, com todos aqueles músculos, aquelas mãos enormes e aquela boca esculpida pelos deuses, não pode deixar à desejar. Ficarei muito triste se ele tiver pau pequeno ou foder mal. Céus, me ajude a não pensar em sexo a todo instante quando estiver perto dele.

Às 18 horas em ponto recebo uma mensagem de um número desconhecido.

* Já estou aqui embaixo.*

Só podia ser Antônio, a pergunta é, como ele tem meu número se eu não passei? Com muita dificuldade, desço com minhas duas super malas e quando ele me vê lutando pra sair do elevador com elas, corre para me ajudar.

- Isso que eu chamo de mudança. - diz, zombando de mim.

- Boa noite pra você também. - olá mal humor.

- Boa noite linda.

- Você não disse que ia mandar que me buscassem? - pergunto assim que ele termina de por minhas coisas no porta malas.

- Disse, mas decidi vir eu mesmo buscar minha noiva.

Reviro os olhos e entro no carro.

- Mas eu nem recebi um pedido ainda.

Ele ri do meu comentário e entra no transito da noite.

- Você quer um pedido, eu faço o pedido.

Travo. Era só uma brincadeira, não precisa disso. Já estou desconfortável o suficiente.

- Não. Literalmente não.

- Mas se quiser, é só dizer.

Não respondo, dá até medo responder. Nos mantemos em silêncio até Antônio parar em frente a um restaurante italiano.

- Gosta de comida Italiana? - pergunta.

- Adoro.

- Então vamos.

Descemos do carro e entramos lá, como imaginei, é tudo muito caro e Antônio já tinha uma reserva. Somos guiados para uma área mais reservada, a mesa fica num canto com banco estofado em formato de u, eu não perderia a oportunidade de tocar nele, vai que eu me desse bem mais tarde.

- Boa noite, já querem fazer o pedido?

Antônio se vira, esperando que eu diga o que quero.

- Vou querer um risoto.

- Eu vou querer uma bruschetta e uma garrafa do vinho da casa.

- Ok, só um instante.

O garçom sai, deixando-nos a sós.

- Bem sugestivo. - digo querendo zombar com seu pedido.

Ele gargalha alto.

- Ah não, que mulher pervertida.

- Você ainda não viu nada.

- E o que eu tenho para ver?

Somos interrompidos pelo garçom trazendo o vinho, Antônio pega a taça e tome um gole e eu nunca imaginei que o movimento do pomo de Adão enquanto engole podia ser tão sexy. Sangue de Jesus tem poder. Como pode esse homem me fazer pensar nessas coisas só tomando um vinho?

Darling (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora