Capítulo 14

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Celina

– Eu já disse que não. –  pela milésima vez, fugindo de Antônio pela casa.

– Você vai sim, sobe.

– Eu não vou, não tem nada de errado.

– Então como me explica o seu mal estar ontem de noite?

Desde que acordamos está manhã Antônio insistiu em dizer que estou grávida e passou o dia todo me ligando e mandando mensagem para saber se estou bem. Agora está me obrigando a fazer testes de gravidez de farmácia. Mereço. Se ele soubesse o motivo de eu ter passado mal ontem.

– Estresse. Algo que comi estragado. Quem sabe? – digo voltando para sala.

– Ou uma gravidez. Faça os testes querida, por favor.

– Me obrigue.

Ele me olha como se fosse sua presa e eu me viro pra poder correr, mas como esperado ele é mais rápido e me pega, jogando-me em seus ombros e subindo escadas acima. Quando entramos no quarto Tony segue direto para o banheiro e só assim me coloca no chão e me entrega uma sacola de farmácia.

– Há quatro ai dentro, de marcas diferentes, faça todos e só saia quando fizer xixi em todos eles.

– Não estou com vontade. – digo petulante, cruzando os braços.

– Celina, meu bem, não tem opção. Faça.

Reviro os olhos para ele.

– E se for positivo?

– Então nós estaremos indo ser pais.

– E você quer que eu seja a mãe dos seus filhos?

Ele tomba a cabeça para o lado e me encara como se eu estivesse falando outra língua.

– Eu anseio por isso.

Gostoso do caralho.

– Não quero que fique chateado se der negativo, porque eu sei que irá.

Ele dá mais um passo em minha direção e coloca uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.

– Querida, ainda estamos nos conhecendo, não há pressa. É meu sonho ter filhos? Sim. Mas meu objetivo no momento é conhecermos ou ao outro, bonitinha.

Ele me dá um beijo na testa e então sai fechando a porta atrás de si. Tiro as caixinhas da sacola e abro cada uma. Isso é loucura. Esse homem é louco. Eu estou louca.

Faço o que há para fazer com os quatro testes e então encosto na porta, sei que dará negativo, mas algo dentro de mim começa a imaginar como seria se desse positivo, a felicidade de Antônio, uma família para chamar de minha.

Ouço uma batida na porta e abro-a para encontrar um Antônio com os olhos arregalados me observando atentamente.

– Tem que esperar cinco minutos, não é? – ele pergunta.

– Sim.

– Já se passaram quantos?

– Três, eu acho.

Ele me observa e então sorri.

– É tão linda.

Sorrio de volta porquê ele me faz sentir assim e sei que é a forma dele dissipar o nervosismo.

– Quantos minutos?

Reviro os olhos mais uma vez e puxo seu braço para cima e verifico as horas em seu relógio.

Darling (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora