Capítulo 32

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Celina

Contar tudo ao Tony não foi fácil, mas foi bom e esclarecedor. Eu pensei que depois que eu dissesse tudo ele não iria querer se envolver nessa sujeira toda, mas mais uma vez ele mostrou que ele não é assim e abraçou as minhas dores, me convencendo que o melhor a se fazer nesse momento é confiar que tudo vai ficar bem. Confesso que ainda estou com medo de ir para casa dele e algo ruim acontecer, não quero ser imprudente. Nós passamos no meu apartamento, na verdade ele me esperou no carro e eu subi para pegar a Sol, agradecendo aos céus que pelo visto o escroto nojento não apareceu hoje. Não quis demorar, não peguei nada, apenas a gatinha e meus documentos. Não queria correr o risco dele chegar e eu ainda estar aqui. Não mesmo.

No caminho contei para ele sobre Rafaela, só não contei sobre como nós conhecemos e no que ela me ajudou, ainda não sei como contar a ele que estou esperando  bebê, fruto do nosso amor. Ele ficou feliz em saber que fiz uma amiga. Será que ele vai ficar feliz quando souber da gravidez? Eu vou contar, só quero que seja um momento especial, não assim dentro de um carro. Tony me contou também que Estela ganhou o bebê, um garotão lindo e saudável, não vejo a hora de poder vê-los novamente.

Quando chegamos na sua casa meu coração bate frenético por estar novamente aqui, onde fui tão feliz. A expectativa é grande, não sei como será daqui em diante e nem o que ele está pensando em fazer para resolver toda essa questão. Há o medo, mas também há esperança e é nisso que vou me agarrar.

– Entra. – Tony diz quando abre a porta.

Dou um passo para dentro e respiro o cheiro suave das flores, tudo está como antes, é como se eu nunca tivesse ido embora.

– Estava com saudades daqui. – digo, voltando minha atenção para ele que ergue uma sobrancelha.

– Só daqui? – pergunta.

Sorrio. Eu o amo tanto.

– De você. E da Silvia e da sua família. Meu Deus.

Ele sorri e se abaixa para abrir a gaiola da Sol, que corre apressada para a liberdade. Depois levanta e me abraça, colando seus lábios em minha testa. Até agora nós ainda não nos beijamos e eu anseio por isso. E como se lesse meus pensamentos, Tony desce a boca para a minha, me beijando com toda a suavidade do mundo. Nossas línguas se entrelaçam uma na outra como uma dança erótica, solto um gemido de apreciação e saudade, meu corpo clamando por ele. Sou obrigada a me apoiar em seus braços quando se torna demais para mim. Nossos lábios se separam só quando o ar nos falta e ainda de olhos fechados ele cola sua testa na minha.

– Eu preciso te contar mais una coisa. – digo, tomando coragem.

Ouço-o suspirar forte e então me soltar, passando as mãos pelos cabelos  frustrado.

– Diz que é algo bom. Eu não sou capaz de receber mais uma maldita notícia ruim hoje.

Rio do seu desespero, me sentindo culpada. Lágrimas vindo a borda.

Puxo-o pela mão e subo escada à cima, entro no seu quarto e sigo direto paro o closet, parando em frente ao enorme espelho, nos posicionando lado a lado. Nossos olhos se encontram no espelho, posso ver em seu semblante o quanto as informações de hoje acabaram com ele.

– Tira a camisa. – peço.

Ele franze a testa mas não diz nada, apenas tira a camisa. Perco um minuto admirando o seu físico. Meu Deus quando foi que eu fiz algo para merecer esse homem? Imitando seu movimento tiro minha camiseta também, ficando apenas de sutiã branco.

Abraço-o por trás e traço os dedos por seu abdômen definido, sem deixar de olha-lo nos olhos pelo espelho.

– Acha que seu corpo vai estar muito diferente daqui oito meses? – pergunto, como quem não quer nada.

– Acho que não. Por quê? – é evidente a sua curiosidade.

Volto a ficar ao seu lado e traço os dedos agora pela minha barriga.

– E o meu? Acha que minha barriga vai crescer muito quando eu estiver de nove meses? – pergunto, fixa em sua reação.

Primeiro ele franze a testa novamente. Depois abre e fecha a boca diversas vezes. Seus olhos marejam e ele me olha emocionado.

– Não... – sussurra.

– Sim. – digo, já chorando.

Tony se vira para mim e me abraça, tão forte que me tira do chão. Entrelaço minhas pernas em sua cintura, ele beija todo o meu rosto enquanto caminha comigo de volta para o quarto, depositando-me na cama e pairando sobre meu corpo. Em seu rosto há o sorriso mais lindo do mundo.

– Desde quando você sabe? – pergunta, suas lágrimas se juntando as minhas.

– Desde ontem.

Ele ri e passa as mãos em meu rosto.

– Está de quanto tempo?

– Três semanas, se minhas contas estiverem certas eu acho que engravidei na véspera do Natal, em Nova York.

Tony está eufórico, ele me beija de novo e desce até a minha barriga, depositando ali vários beijos.

– Olá neném, aqui​ quem fala é o seu papai. – olha para mim sorrindo e chorando ao mesmo tempo – eu e sua mamãe passamos um tempo separado, mas agora nós estamos juntos de novo. Para sempre. Eu já amo você pequena semente, e amo a sua mãe.

Meu coração expande com suas palavras. Só de pensar que até hoje de manhã eu achava que criaria essa criança sozinha. Fecho os olhos rapidamente agradecendo a Deus por me abençoar com uma família. Agora eu sinto que tenho algo meu.

Sinto quando Tony sobe uma trilha de beijos pela minha barriga e então pelos meus seios, apenas por cima da peça que os cobre. Beija meu pescoço e sobe até meu ouvido.

– Obrigada. Você não imagina o quanto estou feliz. Eu amo você. Amo vocês.

– Nós também amamos você.

Ele me beija mais uma vez, só que dessa vez é mais quente e intenso. Nossos corpos estão clamando um pelo outro depois de muito tempo. Meu corpo está em chamas e minha intimidade lateja querendo-o. Percebo que Antônio está hesitando depois de tudo que te contei, mas eu não quero pensar nisso, por minhas mãos ágeis vão para o cós da sua calça, trabalhando para desabotoar. Quando ele vê que eu não vou desistir, me ajuda a me livrar do resto de nossas roupas.

Pele com pele. Corpo com corpo. Ele mal me tocou e eu já me sinto pronta para recebe-lo. Tão excitada e com saudades. Sua boca suga meu mamilo direito e eu grito quando sinto a sensação tão gostosa que ele me causa. Ele brinca, mordisca, suga e dá atenção aos dois seios. Eu o arranho nas costas e ofego por mais.

– Eu queria muito prolongar isso, mas eu preciso estar dentro de você. – ele diz rouco entre meus seios.

– Por favor... – peço, sofrendo pelo adiamento.

Lentamente Antônio entra em mim, eu apenas sinto centímetro por centímetro dele me preenchendo. Nunca foi tão bom assim. Nossos gemidos abafados saem em uníssono quando ele está todo dentro de mim.

Olhando-me nos olhos ele sai totalmente e volta, dessa vez com mais força. O maravilhoso movimento de vai e vem sintoniza com as batidas dos nossos​ corações, descompassado, buscando matar a saudade que fizemos um ao outro. Sinto tudo dentro de mim se contorcer quando o orgasmo me atinge, longo, me desestruturando. Antônio não demora muito e atinge seu orgasmo também, olhando tão intensamente em meus olhos. Fazendo promessas silenciosa e acima de tudo, dizendo que me ama.

Darling (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora