Capítulo 12

2.2K 230 21
                                    

Celina

Sabe quando acordamos e antes mesmo de abrir os olhos absorvemos tudo à nossa volta? É exatamente isso que está acontecendo comigo. Ouço o som de vozes no andar de baixo, risada de criança, sinto algo quente envolta do meu corpo e um peso na minha barriga. Abro os olhos na hora em que me dou conta de que o quente é Antônio e o peso é seu braço que me mantém firme em sua conchinha perfeita. Me viro lentamente para dar de cara com um olhar todo brilhante.

– Bom dia. – digo timidamente, afinal, é a primeira vez que acordo na cama com um homem.

– Bom dia querida!

Ele sorri.

Antônio me dá o seu melhor sorriso, o mais puro de todos. E eu não sei nem descifrar o significado por trás dele.

– Sua família está lá embaixo? – pergunto para evitar o assunto.

– Está. Eu ia te trazer café na cama, mas como eles resolveram madrugar aqui, achei que iria preferir tomar café com eles.

– Claro.

– Você dormiu aqui. – indaga, mudando de assunto normalmente.

– Eu dormi.

– Isso é tão certo e tão bom. Sinto que pela primeira vez que somos um casal.

Tão lindo que chega dói. A forma como ele é carinhoso e atencioso faz com que meu coração se aqueça. Antônio me dá uma paz que nunca tive na vida.

– Porquê agora nós somos.

– Isso é surreal.

Ele me abraça, beijando meu pescoço. Isso é novo para mim, acordar ao lado de alguém e com toda essa demonstração de afeto é realmente surreal. Meus pensamentos se dissipam quando sinto algo cutucando minha intimidade. Oh, meu Deus! Acordar com Tony é realmente bom.

– Hummm, alguém acordou animado. – e solta um gemido abafado que me faz arrepiar.

Maldito homem.

– É que ao mesmo tempo que é surreal, é excitante.

– Pena que sua família está lá embaixo. – provoco.

– Exatamente, lá embaixo. Eles esperam.

E é isso, no minuto seguinte Antônio já está dentro de mim. Fazendo com que nos percamos um no outro, cada vez sendo melhor que a anterior.

☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️

Depois de um sexo matutino preguiçoso e um banho com sexo selvagem, nós descemos decentemente para encontrar sua família. Todos nos cumprimentam como se soubessem o que estávamos fazendo e sentamos na enorme mesa com um banquete servido. Os homens começam a falar sobre futebol e as mulheres sobre coisas aleatórias e eu apenas observo, falando quando me incluem na conversa, mas achando isso a coisa mais incrível do mundo, café da manhã em família. Isso é simplesmente a coisa mais linda.

Antônio não larga minha mão nem por um segundo, como se estivesse com medo que eu fosse fugir. E eu o entendo.

– Tony, meu bem, já falou com Celina sobre Nova York? – sua mãe pergunta.

– Não mãe, nós... Não tivemos tempo. – responde sem tirar seus olhos de mim.

– Mas Tony, é Nova York. – a mulher exclama como se fosse a coisa mais importante do mundo. – Celina, nós vamos para lá para passar o natal. Sempre vamos por volta do dia dez, mas esse ano Joaquim tem reuniões até depois do dia quinze. A questão é: estou avisando agora no começo do mês porquê quero que vá com a gente.

Darling (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora