Capítulo 6

3.3K 271 12
                                    

Celina

Há algo na conexão de corpos entre eu e Antônio que é difícil explicar, ainda não encontrei a palavra certa para definir o fogo que existe entre nós dois. Estamos "juntos" faz menos de uma semana e eu já perdi a conta que quantas vezes transamos, em diferentes locais dessa casa. Na quinta feira, quando chegamos do shopping, subi para tomar um banho e aquele homem invadiu o chuveiro buscando uma rapidinha. Ontem nós não saímos de casa e não preciso nem dizer qual foi nossa ocupação do dia. Hoje, acordamos tarde, cada um em seu quarto, por quê eu sempre fugia dele no fim dá noite. Isso não quer dizer que não estamos tendo um sexo matinal, ou eu vou procura-lo ou ele vem até aqui. Ele insistiu e bateu o pé que nós vamos anunciar nosso "noivado" para sua família hoje, num almoço informal.

Nesse instante, estou olhando para minha mão, onde habita o gicantesco anel que Antônio insistiu em comprar, essa praga até pesa. Olho minha imagem no espelho e gosto do que vejo, optei por um vestido branco com flores amarelas, curto e de manga comprida, bem levinho pois o calor desse Rio de Janeiro está surreal nesse fim de novembro. Meu cabelo está solto e uso uma argola grande, se é informalidade que eles querem, é informalidade que eles vão ter.

Desço à procura do homem que me aguarda e o encontro na sala de boné e camiseta cinza, marcando deliciosamente seu peitoral definido, que vontade de lamber a cara dele de tão lindo.

Desço à procura do homem que me aguarda e o encontro na sala de boné e camiseta cinza, marcando deliciosamente seu peitoral definido, que vontade de lamber a cara dele de tão lindo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Antônio fica me olhando descer as escadas e eu sinto minha pele ficando quente.

– Vamos? – digo quando me aproximo.

– O que você acha de uma rapidinha? – ele pede me puxando pela cintura.

– Não, nós não vamos ter uma rapidinha antes de ir pra casa dos seus pais Antônio, se comporte. – respondo tirando sua mão da minha bunda.

Ele revira os olhos e faz bico. Quão infantil ele pode ser?

– É que você está tão gostosa.

– Você também, agora vamos.

Nós saímos da sua casa e fazemos o caminho todo com sua mão em meu joelho, parecemos tanto um casal que vai ser impossível que as pessoas não acreditem. Não que eu me sinta bem em enganar sua família e nem tinha entendido direito o motivo pelo qual ele está fazendo isso. Quando chegamos lá, a primeira coisa que reparo é em um crianças correndo próximo a entrada, enquanto uma mulher está observando de longe e sorrindo.

– De quem é àquela criança? – pergunto.

– É a filha do Nícolas, Louise. Tem quatro anos.

Fico boquiaberta enquanto estacionamos, percebo a protuberante barriga de grávida da mulher que observa a menina de cabelos castanhos e vestido azul.

– Seu irmão é casado? – pergunto o óbvio.

– Sim, com Estela. Ela está grávida do segundo filho deles.

Muito legal da parte dele não ter me contado isso com antecedência. Quando saímos do carro a menina vem correndo em nossa direção com os braçinhos abertos para que ele a pegue no colo.

Darling (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora