Capítulo 24

1.9K 224 7
                                    

Antônio

Essa mulher será a minha morte. Entendam como quiser, mas estou sentado na cama do mesmo jeito​ ela me deixou para ir ao banheiro. Celina mexe comigo, de uma forma que nenhuma mulher na vida foi capaz, algo nela me mantém aceso o tempo todo, eu sou sensível aos seus toques, a sua voz, tudo que diz respeito a ela me excita; talvez isso seja até doentio, só não tenho como negar. Então quando percebo que já se passou vários minutos desde que ela se trancou no banheiro, decido que é hora de agir. Mas o que fazer? Me sinto como um bendito adolescente. Vou até a cama e deixo ao lado todos os objetos que haviam dentro da caixa e depois pego mais alguns em minha mala e junto aos outros. Diminuo a iluminação do quarto e me desfaço das minhas roupas. Eu não sei realmente o que esperar.

Alguns minutos depois ouço a porta destrancando e então me sento na cama para espera-la, mas nada, nada nessa vida seria capaz de me preparar para o que meus olhos vêem. Começo a olha-la pelos seus pés, pequenos e delicados descalço e então subo para suas pernas torneadas e então sua intimidade, a parte de baixo da lingerie de renda branca mal cobre sua intimidade, subo então para sua barriga apenas para constatar o quão ofegante ela está, o que combina perfeitamente com a minha e meu coração descompassado. O seios são algo de outro mundo, surreal e completamente transparente, eu vejo com perfeição seus mamilos rosados e isso me dá vontade de voar contra ela e foder com força. Mas eu preciso de calma e paciência, não estrega o momento. Por último, o mais importante, seu rosto. Seus lábios estão entreabertos e suas bochechas levemente coradas e seus olhos procuram ler os meus olhos para ver se estou gostando. Porra, e como estou!

– Você não vai dizer nada? – pergunta receosa.

– Venha até aqui. – peço e ela faz, parando de frente para mim. – O que você quer, querida?

Ela me olha confusa, como se não me entendesse.

– Pensei que estivesse claro.

– Mas eu preciso que você diga com palavras, porquê quando começarmos, acho que não conseguirei parar.

Celina morde o lábio inferior e então leva uma de suas mãos aos meus cabelos e a outra em meu ombro.

– Eu quero foder com você, do meu jeito, quero estar no controle e então quando eu achar que você gozou o suficiente, quero que tome o controle para si. – após decretar minha morte em meu ouvido, a filha da puta lambe minha orelha e se afasta.

– Agora deite-se e leve as mãos acima da cabeça.

Eu poderia argumentar e dizer que não. Eu poderia pegar e joga-la na cama e mostrar que eu sempre estou no controle, mas não. Eu apenas me deito e faço o que ela mandou.

Porquê além do meu coração, essa mulher também tem as minhas bolas em suas mãos.

☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️☀️

Celina

Eu sinto meu corpo arder em chamas. Ver Antônio deitado da forma que pedi é mais quente que o inferno e eu nem mesmo comecei. Há algo sobre estar no controle que ele ainda não entende e nem sabe, mas eu abri mão disso e deixei que ele estivesse no controle até agora, só que depois que eu sai do banheiro e vi a forma que ele olhou para mim, eu não pude conter a minha necessidade por isso.

Subo na cama com as algemas de pulso e rapidamente prendo seus pulsos contra a cama, embaixo de mim há um Antônio sério e excitado. É nítido para nós dois. Desço minha boca até a dele e beijo-o calmamente, sem pressa, ele corresponde sem pestanejar e quando está esquentando, eu começo fazer meu caminho para baixo, seu pescoço, seu peitoral, sua barriga e então encontro o cós da sua cueca. Olho para ele e gravo cada expressão sua, eu nunca saberei lidar com sua beleza. Tiro sua cueca e então seguro seu pau em minha mão, que mal se fecha em torno dele, e começo a chupa-lo. Eu dou tudo de mim e vou o mais fundo que consigo, porque esse homem é bom demais, eu não deixo nenhuma parte para trás e ouvir seus gemidos faz com que eu vá mais fundo. Quando sinto que ele está quase gozando, eu paro e ele geme de frustração.

– Continue Celina...

Não respondo, isso faz parte do plano.

Engatinho para a parte de cima da cama e lhe beijo rápido, apenas para que possa sentir seu gosto. E é só aí que penso em algo magnífico para tortura-lo. Fico de joelhos ao seu lado e logo ele percebe o que vou fazer, pois logo abre um sorriso perfeito. Monto em seu rosto e deixo minha intimidade pairando sobre sua boca.

– Você não joga limpo, sabe disso, não sabe? – questiona puxando os braços para se soltar.

– É claro que sei, agora faça seu trabalho.

– Ao menos me solte para eu poder te tocar, eu... eu preciso te tocar. – eu posso ouvir a emoção em sua voz e o desespero para me tocar, mas isso só alimenta o meu tesão agora.

Eu o calo levando minha buceta em sua boca, bem devagar, colocando minha calcinha para o lado e consigo sentir sua respiração lá. E então ele me abocanha, sem dó nem piedade. Ele suga meu clitóris e então morde, fazendo todo o processo, numa dança muito pervertida e prazerosa. Eu grito e rebolo em sua boca. Era para ser tudo sobre ele e agrada-lo mas o que sua boca faz comigo é algo sobrehumano, eu vou ao céu, mas não me permito gozar, não ainda. Sinto sua língua me penetrando e repetindo o movimento. Quando eu não aguento mais, afasto-me dele totalmente ofegante.

– Porra... Eu quase gozei quase chupando você. Que caralho Celina, me solte.

– Não.

– Por favor.

– Não.

Antônio está me olhando com raiva. Raiva porquê estou negando seu orgasmo e negando que me toque. Ainda montada sobre ele, desço até estar em cima de seu pau duro, sinto-o impulsionando para cima mas não encontra passagem, isso só faz com que ele rosne frustrado. Debruço-me com as mãos espalmadas em seu peito e olhando em seus olhos.

– Eu gosto tanto disso. De estar no controle.  De fazer o que eu quero com você. Ah, Tony, você não sabe o quanto isso me excita.

Antônio se perde tanto no que estou te dizendo que não percebe que estou empinada em sua ereção e que só com um movimento dos seu quadril estaria dentro de mim. Volto para minha posição inicial e afasto novamente minha calcinha para o lado, seguro na base de seu pau e deslizo-o para dentro de mim sem cerimônias. Resultado disso é um grito em uníssono e nossos orgasmos vindo com força. Quando eu me recomponho e abro os olhos, vejo que uma lágrima solitária escapou de seus olhos, mais rápido que um raio eu tiro as algemas de seus pulsos e então seguro seu rosto.

Eu fui longe demais.

Longe demais.

Ele olha em meus olhos e sem que eu possa desconectar nossos corpos, ele se vira, ficando por cima de mim e com apenas um puxão rasga a calcinha, jogando-a longe.

Ele começa a se movimentar, numa intensidade desesperadora. Eu não consigo entender, podia jurar que algo estava errado, mas agora só consigo corresponder ao seu corpo.

– Goze para mim Celina, goze para o seu homem. O homem que te ama e que acabou de entender a porra que acontece dentro de você. Goze comigo no controle do seu corpo. Porquê o controle pra você é uma forma de se sentir melhor. Mas eu quero que perceba que está punindo você mesma agindo assim. Então goze, goze  para mim, porque você sabe que pode confiar em mim, no meu controle.

Ele não precisa falar mais nada, eu apenas explodo em milhares de partículas, ele está certo e eu confio nele.

E é nesse momento que eu entendo.

Eu amo Antônio Lacerda.

Darling (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora