Epílogo

2.1K 226 36
                                    

5 anos depois

Celina

Tento pensar na minha menina que dorme do outro lado do corredor ou até mesmo me concentrar no pequeno bochechudo no meu colo que está me fazendo suar para dormir, mas toda a minha atenção está no homem na cama a minha frente. Antônio está apenas de cueca, com os braços cruzados atrás da cabeça, me olhando de uma forma muito intimidadora e excitante. Eu sei quais são as intenções dele, mas estou me fazendo de desentendida porquê eu apenas não sei lidar com ele nesses momentos de caçador versus caça.

– Acho que esse meninão já dormiu, pode coloca-lo na cama. – sua voz rouca me faz arrepiar.

– Eu já vou. – Digo baixinho para não correr o risco de acordar Felipe.

– Eu levo ele pro quarto.

Levanto-me rápido, fugindo.

– Não precisa, eu levo ele.

Saio do quarto e sigo para o quarto ao lado, depositando meu bebê em sua cama. Volto para o nosso quarto e da porta tenho a visão mais gostosa da vida. Tony, agora deitado e excitado. Obrigada Deus!

Caminho até ele que não espera muito e me puxa para cima dele. Sua boca procura a minha, uma mão vai direto para os meus cabelos e a outra começa a massagear meu seio esquerdo. Solto um suspiro de satisfação e rebolo em seu colo.

– Será que agora eu posso ter a atenção dessa mamãe? – ele pergunta, roçando os lábios dos meus.

– A mamãe aqui está muito ocupada com a festa da Giovanna amanhã.

Nossa primogênita completa cinco anos amanhã, e como todo ano, eu faço questão de trabalhar arduamente em cada detalhe da festa para que fique tudo perfeito e do jeito que ela quer. E isso sempre faz com que eu me estresse. Giovanna é a cópia perfeita do pai, a pele morena clara, o sorriso fácil, doce, atenciosa, carinhosa e ainda há os olhos redondinhos que conquistam tudo.

Da próxima vez você faz o favor de deixar tudo nas mãos do buffet.

Reviro os olhos enquanto rebolo contra ele.

– Não mesmo.

Ele reverte a posição, ficando por cima de mim. Antônio é igual a vinho. Quanto mais velho melhor. Os músculos estão maiores e as veias mais expostas, sem contar sua performance na cama, que me fez começar a fazer exercícios para ter pique para acompanhar. Não que eu negue fogo, mas depois que se tem filhos, tudo​ muda. Estela e Bárbara sempre pegam as crianças para poder passar o final de semana e feriados, faz mais de um mês que isso não acontece e a última foi completamente insano. Nós tivemos uma maratona de sexo muito louca, começou já na parede do hall assim que a irmã dele saiu daqui com as crianças e acabou com nós dois desmaiados na varanda do segundo andar.

Sua boca desce fazendo uma trilha de beijos da minha orelha até o meu seio, onde ele dá uma leve mordida, por cima do fino tecido da camisola. Isso arranca um gemido abafado de mim, minhas mãos trabalham para tirar a única peça que cobre seu corpo. Eu não posso esperar, nem paciência para preliminares eu tenho agora, tudo o que eu quero é o meu homem dentro de mim.

– Mamãe, eu não consigo dormir. – ouço uma voz chorosa vindo da porta do quarto, bem quando eu estava quase conseguindo o que queria.

A vontade de rir vem junto com a vontade de chorar, olho para Tony que está com a frustração estampada na cara e dou um beijinho rápido antes de arrumar minha roupa e levantar. Na porta, com a chupeta na boca, está Maria Flor, a gêmea de Felipe, descabelada, esfregando os olhinhos, com seu pijama rosa.

Darling (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora