Capítulo 3

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Antônio

Eu simplesmente odeio eventos sociais, ou qualquer​ tipo de comemoração que terei que lidar com gente que tem mais dinheiro do que noção. Tá bom, eu sei que também tenho muito mais dinheiro do que o necessário, mas isso não faz de mim um sem noção que goste de gastar dinheiro como se fosse água. Eu gosto de trabalhar, de colocar minha cabeça para pensar, mas prefiro fazer isso sozinho, sou arquiteto e design de interiores, tenho prazer em criar e acabo tendo que fazer sociedade em alguns projetos. E tinha acabado de sair do meu martírio, uma festa de comemoração do meu mais novo projeto finalizado com Alex, um pela saco. O cara simplesmente sente prazer em ficar falando tudo que vai fazer e eu já sabia que a mulher com ele era uma acompanhante de luxo, se é que é certo dizer assim.

E eu não sabia onde enfiar minha cabeça - as duas, diga-se de passagem -, inventei de sanar minha curiosidade e a mulher é a maldição da mais doce e quente, e olha que nem nos beijamos direito. O que era aquela mulher e aquele corpo? Se eu pudesse a manteria sempre por perto. Sigo para minha casa perdido em pensamentos, quando chego, a primeira​ coisa que faço é subir para meu escritório e vejo o lembrete da festa de aniversário do meu pai amanhã e consequentemente, dá pressão da minha mãe para que eu me case logo. Esqueço isso por enquanto e começo a procurar por Celina na internet, o resultado aparece rápido já que ela trabalha na maior agência de acompanhantes de luxo do Brasil.

Celina Ávila, 22 anos. Mais nova do que imaginei. De repente eu estou ligando na agência, saciando meu desejo primitivo por vê-la novamente e fodendo com a minha vida.

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Vejo a incredulidade em seu rosto assim que faço minha proposta. Não pode ser tão ruim assim, pode?

- Você tem noção do que você diz estar me propondo? - ela pergunta.

Pego em sua mão e saio entre as pessoas que ainda dançam levando-a para o andar de cima, para que possamos conversar melhor.

- Ah, belo lugar para conversar sobre essa maluquice. - diz assim que fecho a porta do meu quarto na casa dos meus pais.

- Foi o mais próximo de privacidade que cheguei.

Ela me olha e cruza os braços esperando que eu comece.

- Não quero que me interprete mal. Eu já tenho 29 anos e minha mãe fica me cobrando um casamento e se eu tiver uma noiva ela vai parar de encher minha cabeça com isso. - explico da forma mais simples.

- Claro, e você decidiu que eu sou a mulher certa para enganar sua mãe e sua família com um noivado falso?

Por que ela simplesmente não aceita? Seria bem mais fácil para nós dois.

- Eu pagarei por isso.

- Não me importo com seu dinheiro.

Celina me dá as costas parecendo ofendida. Vou em sua direção e viro seu corpo para mim, para que possamos olhar nos olhos um do outro.

- Celina, minha mãe e minha família são importantes demais para mim, eu saí não faz muito tempo de um noivado que não deu certo e desde então ela me cobra. Eu sei que é errado, mas eu não acho que estou preparado para outro relacionamento tão sério agora. Então, se aceitar, tornarei fácil e bom para nós dois, nós daremos um jeito e quando acabar o contrato, cada um segue sua vida como se tivéssemos nos separado.

Ela morde a boca enquanto pensa e caralho, pensei que não poderia ser mais sexy. Ela fica assim por um longo tempo, até que se afasta como se já tivesse tomado sua decisão.

Darling (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora