CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO 2

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O Gustavo mora com os avós porque os pais vivem em outro estado desde que ele tinha oito anos. Entro na casa e sou recebida pela tia Joana, avó do Guto.

- Boa noite tia Jô.- sorrio para a mulher mais gentil que já tive oportunidade de conhecer.

- Boa noite meu bem, tem suco na geladeira, vou bem ali ver a roupa na máquina de lavar.

Ela tem 55 anos com mais pique que eu. Admiro-a, sempre cuidou do Guto e fez tudo por ele, o seu Dedé, avô do Gustavo, tem um jardim no quintal de casa, que de acordo com dona Joana, ele cuida melhor do jardim do que dela.

O rapaz estranho, que vou chamar de "X"( porque ainda não sei seu nome) segue no corredor da cozinha e some.
Vou até a geladeira e pego o suco. O estranho volta 10 segundos depois.

X: - ele foi só escovar os dentes, pediu pra avisar.

Sinto-me nervosa.
Por que estou nervosa ???????

- Ah de boa. Atrasado como sempre.- digo, rápido para ele não perceber o leve nervosismo em minha voz.

X sorri levemente e antes que ele pudesse falar qualquer coisa Gustavo surge no corredor.

- Princesa e aí ? É pra hoje ou tá difícil ?- digo dando uma bronca nele.

Apesar de ser mais velho que eu 2 anos, Guto sempre foi meu amigo mais próximo,  crescemos juntos, então ele sempre estava lá, mesmo eu não querendo, ele estava; com sua maturidade e companheirismo, com todo cuidado e dedicação do mundo, ele era um irmão mais velho pra mim e pro Diego.

- Hoje foi o dia para ter problema lá na facul, foi mal.- Guto diz pegando a chave do carro. Sua aparência está cansada mas ele não deixa de caminhar comigo nem quando está morrendo. Está aí algo que eu admiro no Guto, ele sempre pensa mais nos outros do que nele, põe as necessidades dos outros acima das dele, para uns isso é defeito, pra mim é sua melhor qualidade.

-Day deixa eu te apresentar esse é Will, ele está ajudando um pessoal com os estágios de educação física. - Agora eu sou apresentada ao estranho.

Ele estende a mão.

É confortável e quente...

- Prazer. - digo.

X está de camisa social, jeans e sapatênis, se não fosse pelos músculos evidentes, porém não exagerados, não poderia imaginar que ele tem algum vínculo com a educação física.

- Vou precisar deixar ele em casa, vai ser rápido, e vamos subir pra caminhar. okay para você ?

- Sem problemas. - digo.
Entramos no carro.

Deixo o estranho que agora tem nome, Will, ir na frente pra não ser mal educada.

Eles foram conversando a viagem inteira a respeito de estágios, trabalhos e músculos, uma vez ou outra eu dava uma olhada pelo espelho e a luz do poste não deixava tão evidente os olhos verdes que vi mais cedo, de longe.

- Valeu cara, boa noite. Até amanhã. Tchau Dayane. - Will disse, abrindo um sorriso rápido enquanto fechava a porta.

- Tchau boa noite- digo.
Guto acena e seguimos viagem.

Os Homens Da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora