CAPÍTULO 7: " A festinha estava boa"

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Meu coração quase salta pela boca. Sinto uma dor no estômago. O nervosismo sempre acaba comigo. Will e eu levantamos imediatamente dos banquinhos do balcão.

- O que houve ?- meu pai se assusta, se dirige ao policial que agora não é só mais um, são 4.

4 fucking policiais na minha sala. Eles são muito grandes.

Todos estão perplexos.

- Meu senhor por favor só vamos conversar depois que todo mundo colocar as mãos na cabeça e encostar na parede.
- Vocês tem um mandado ?
- Recebemos uma denuncia.
- Vamos lá todo mundo na parede !- o segundo policial diz.

Meu irmão. Onde está o meu irmão.

Saio imediatamente de onde estou ignorando totalmente a ordem do policial.
- A senhorita também. Encosta agora.
- Você não pode me revistar- solto automaticamente já que não vi nenhuma policial mulher na sala.
- Nosso reforço já está chegando.
- Eu só vou buscar meu irmão.
- Na parede agora !
Todo já estão obedecendo a ordem, inclusive Will, que está de costas pra mim agora.
Diego desce as escadas correndo. Abraço-o. Ele está tão assustado que até o tom de sua pele mudou.
- Escuta a gente só precisa ficar ali rapidinho e eles vão embora tá bom ? - ele acena e segura minha mão.
Mais policiais chegam e sou revistada por uma mulher muito alta e negra. Enquanto ela aperta todas as possíveis partes do meu corpo fico imaginando que tipo de denúncia poderia ter sido feita.
- Tá aqui oh, maconha. - A voz é de um policial.
Ele tinha acabado de revistar o Matheus.

Fala sério.

- Mais maconha, mais maconha....a festinha estava boa heim...- agora revistando o Lucas e o Ryan. Nada com o Gustavo. Graças a Deus.
Eles permanece calados.
- Todo mundo para delegacia agora.
Os murmúrios começam.
Meu pai se manifesta
- Drogas ? Como assim ? Eu não estou entendendo, só estávamos comemorando o aniversário da minha filha, são os amigos dela.

PAI NÃO DIGA O QUE VOCÊ NÃO SABE.

-Quem é a sua filha ?
- Souu eu. - estou segurando a mão do meu irmão novamente.
- Quantos anos você tem?
- 18 - digo firme.
- Ótimo, vai para delegacia também. Todo mundo entrando nos carros agora . E vocês - diz se dirigindo aos meninos- Vem comigo.- passa as algemas e leva-os primeiros.

EU NÃO ACREDITO QUE ISSO TÁ ACONTECENDO!!!!!

- Vou pegar nossos documentos- meu pai diz.
Me sinto desesperada, mas não posso demonstrar, meu irmão ainda estava aqui.

Drogas ? Na minha casa ? Meu Deus eu nunca deveria ter deixado gente que eu não conheço entrar aqui.

- Ei, calma - É a voz do Will - ele está na minha frente agora.- eles só vão fazer umas perguntas e talvez revistem a casa, vai dar tudo certo. Mas você precisa contar que não conhece eles e que quem convidou não foi você.
Engulo seco.

De alguma forma as palavras dele me confortam. Entramos no carro do policial e seguimos para a delegacia. Meu irmão no meu colo, meu pai do meu lado e Will do outro.
Eu não sei o que vai acontecer, eu não sei o que dizer, eu não quero que meu irmão tenha que passar por isso. Eu não queria ter 18 anos.
Encosto a cabeça nas costas do meu irmão. O nervosismo não passa. Fico levemente tonta.

Will pega minha mão e segura-a em cima da sua perna. Ele está tentando me deixar mais calma. Eu retribuo o gesto e permaneço com a mão na dele até chegarmos a delegacia

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