Capítulo 17

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Skylar acordou sentindo um toque suave em seu rosto que lhe fazia cócegas. Estava aquecida e aninhada, e quando abriu os olhos viu cortinas brancas flutuando ao redor da ampla cama em que estava, a luminosidade do lado de fora atenuada pelo tecido.

Olhou para cima e viu que Armand já estava acordado e que era ele que acariciava seu rosto.

— Bom dia. — Ele estava sério, olhando-a intensamente, mas sem interromper o afago.

— Bom dia. — Se movendo, Sky sentou-se, não se incomodando que o lençol escorregasse por seu corpo e o deixasse exposto.

Os olhos dele foram para seu pescoço delgado e então para seus seios.

— Que lugar é esse? — Ela perguntou, por mais que tivesse estremecido levemente com aquele olhar abrasador.

— Minha casa. — Vendo a confusão no rosto de Sky, ele se obrigou a  desviar os olhos e se controlar para não tomá-la mais uma vez. — Eu não moro na mansão, fiquei lá esses dias para não despertar nenhuma suspeita.

Erguendo uma sobrancelha, Sky jogou o lençol para o lado e se levantou, ficando em toda sua glória nua.

— Mostre-me. — Pediu, e colocou a camisa que estava jogada no chão desde que eles voltaram da sala de madrugada.

Com um suspiro audível que fez um sorriso malicioso surgir nos labios dela, Armand se levantou e vestiu a calça, não se apressando em ocultar a excitação obvia. Sky deu uma risadinha antes de ir na frente para a porta. Mas estacou ao reparar na parede de armas. Seus lábios se abriram no ‘o’ perfeito enquanto as admirava.

— Meu pai me deu cada uma delas conforme eu aprendia a manejá-las. — Ele parou ao seu lado para olhar a coleção impressionante.

A jovem virou-se lentamente para ele, os olhos escurecidos e os lábios entreabertos.

— Você esta me dizendo que nós transamos a noite toda cercados de armas e livros? Armas com que você já lutou? — Skylar perguntou, dando um passo mais para perto dele.

Foi a vez de Armand sorrir enquanto passava os braços ao redor dela.

— Eu também já li todos esses livros. Tem alguns que eu mesmo escrevi.

Sky passou os braços pelo pescoço dele e se deixou içar e ser colocada contra a parede.

— Mais tarde você me mostra a casa. — Ela disse baixinho.

E então eles ficaram ocupados com outras coisas.

— Então quer dizer que ninguém conhece esse lugar? — Skylar perguntou, colocando um pedaço de pão de alho na  boca.

— Quase ninguém. Meu pai e os meus irmãos, dois ou três servos de confiança… — Armand deu de ombros, tomando um gole de seu chocolate quente.

— Loreley sabe? — A jovem mordeu o lábio antes de perguntar.

Ele ergueu uma sobrancelha, olhando-a expeculativamente.

— Sim. Ela já veio aqui algumas vezes.

Sky concordou com a cabeça, não o olhando enquanto pousava com cuidado a propria xícara. Os dois ficaram em silêncio, e essa pausa pareceu estranha.

Ela não havia gostado daquela resposta, a fazia se sentir esquisita. Queria perguntar se eles já haviam estado juntos. Não conseguiu reprimir um estremecimento quando imaginou a bela morena deitada nua naquela cama em que havia acabado de acordar.

Não havia se dado conta de que havia fechado os olhos até os abrir ao sentir a mão dele ao redor de seu queixo, lhe chamando atenção.

— Seja lá o que for que esteja imaginando, pare. Eu e ela… nós nunca… somos só amigos. — Sky nunca o tinha visto to sem palavras assim, e de repente ficou muito mais fácil respirar.

Corte de Estrelas e Luz SolarOnde histórias criam vida. Descubra agora