Capítulo 21

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QUINTO DIA

Sky por fim havia conseguido dormir um pouco depois que Armand a abraçou. O problema foi que quando acordou estava acalorada demais, de formas diferentes demais.

Olhou para ele, ainda adormecido e se moveu de leve, passando os dedos pelo cabelo negro e sedoso que caía em seu rosto. Ele era lindo demais! Talvez tivesse algo a ver com toda a tensão e dor que havia passado no dia - e na noite - anterior, ou fosse apenas o laço da parceria recém descoberto fazendo efeito, mas ela o queria. Rápido. Forte.

Raivoso.

O empurrou, deixando-o deitado de costas na cama, e Armand resmungou um pouco no sono, porém sem acordar. Os olhos da jovem foram para seu corpo relaxado, e não conseguiu evitar passar a língua pelos lábios ao ver aquele peito liso e definido à mostra. Parecia ter escrito sobre ele ‘lamba-me’. Mais abaixo uma calça fina de seda branca era a única peça de roupa que ele ainda vestia. Iria rasgá-la. Depois.

Montou sobre os quadris dele, puxando a camisola para cima e então começou a se esfregar, cavalgando-o devagar. Levou uma mão à junção de suas pernas e estava tão molhada que deixou os dedos deslizarem, e jogou a cabeça para trás enquanto se dava prazer sem interromper os movimentos sinuosos de vai e vem que fazia sobre ele.

— Se essa não for a melhor forma de ser acordado, eu não sei qual é. — A voz rouca de sono de Armand a trouxe de volta a realidade.

Sky olhou para baixo e viu o sorriso preguiçoso dele congelar quando os olhos dos dois se encontraram.

Armand deu-se conta do tipo de humor em que sua parceira estava ao ver a forma faminta que ela o olhava. As pupilas estavam dilatadas, os lábios vermelhos e inchados. Muito lentamente Sky tirou os dedos de seu sexo e os levou à própria boca, aquela língua que ele havia aprendido a venerar lambendo-os. Ela fechou os olhos, gemeu e estremeceu como se nunca tivesse provado nada mais doce.

Erguendo-se rápido ele agarrou aquela mão e enfiou os dedos dela na  boca, chupando com força. Os olhos da jovem se abriram e ela arrancou a mão, agarrando os cabelos dele e puxando seu rosto para frente com força. As bocas se uniram e o controle dos dois foi jogado pela janela.

Armand girou, prendendo Skylar sob seu corpo, uma das mãos agarrando sua coxa para mantê-la ao redor da cintura, e a outra foi para sua fenda, os dedos mergulhando em toda aquela umidade. Ela arqueou as costas e gemeu contra os lábios dele, as mãos indo para suas costas e o arranhando. Ele grunhiu de dor e prazer.

Aquelas mãos com unhas afiadas foram para sua calça, e agarrando dos dois lado, Sky a rasgou como uma folha  de papel de seda. E então agarrou o membro dele, já completamente longo e firme, bombeando-o.

Sabendo do quanto sua parceira já estava pronta e com sua necessidade quase o enlouquecendo, Armand a penetrou completamente com uma estocada forte.

Skylar gritou ao ser completamente preenchida. Era uma sensação diferente de tudo que  já havia experimentado, aquele intenso prazer que só conseguia atingir contra o corpo de seu parceiro. Plantou os pés na cama e começo a se impulsionar para cima, Armand acompanhando seus movimentos num ritmo intenso. Sim, era disso que ela precisava. Não conseguia tê-lo próximo o suficiente.

Quando os movimentos dos dois se tornaram frenéticos demais, ele a virou de costas, deixando-a de quatro. Foi tão natural voltar para dentro dela e fechar o punho em seus cabelos negros, que era como se eles já tivessem feito aquilo um milhão de vezes. E não era essa a intenção. Armand queria surpreendê-la. Fazê-la perder a consciência - literalmente.

Puxando mais seu cabelo, ele a manteve ajoelhada na cama enquanto continuava entrando e saindo com força e velocidade. Sua mão livre foi para seu pescoço e se fechou ali. Pelo vidro da janela podia ver os olhos dela se arregalando. Ela separou os lábios e gemeu alto, se impulsionando contra ele, o encontrando no meio do caminho. Aquela mão começou a apertar devagar. Os lábios vermelhos e inchados se abriram ainda mais enquanto Sky tentava buscar mais ar, a vista se embaçando com o prazer, o poder que ele tinha sobre ela.

Armand soltou seus cabelos, mantendo-a no lugar com o aperto firme em seu pescoço. Aquela mão desceu rápido, e ela soltou o pouco ar que lhe restava num ofego quando o ardor do tapa a trouxe de volta daquele torpor. A sensação dele deslizando a mão suavemente pela pele vermelha e sensível quase foi o suficiente para fazê-la gozar. E de fato gozou, mas só quando ele bateu de novo.

O orgasmo foi intenso, sua mão indo para o pulso firme dele. Precisava de ar, precisava parar, precisava de mais. Queria que ele entrasse mais forte, que a sufocasse, que fizesse doer.

Foi assim, sem conseguir decidir o que queria que acolheu um dedo que ele enfiou em sua boca. Chupou e lambeu o melhor que pode, mas não entendeu quando ele o retirou.

Até que sentiu a pressão e a umidade atrás. Naquela outra entrada onde ninguém nunca havia estado antes.

— A-ar..mand. — Ofegou gaguejando.

Ele olhou para ela pelo reflexo, e um sorriso malicioso surgiu em seu rosto quando aquele dedo que ela havia preparado entrou.

Gemeu alto. Gozou de novo com as estocadas que não haviam parado. Fechou os olhos e relaxou o corpo. Um convite que Armand não recusou.

Aquele dedo imitava o vai e vem que acontecia ali perto, e os movimentos e ofegos de Sky agora eram desenfreados. Sempre quis sentir aquilo, mas nunca houve ninguém em quem confiasse o suficiente para tentar. Não até agora.

Armand a alargou com um dedo, e notando o quanto ela parecia estar apreciando, enfiou mais um. O corpo dela enrijeceu e ele moveu a mão com delicadeza para não machucá-la. A mão que agarrava seu pescoço se afrouxou, e aproveitando que Sky estava distraída dando grande golfadas de ar para recuperar o fôlego, colocou um terceiro dedo.

— Mais. — Ela sussurrou com a voz rouca. — Eu quero. Faça.

Retirou seu membro de dentro dela e admirou como brilhava com a excitação dela o molhando por toda a extensão. Posicionou-se então em sua outra entrada e moveu as mãos para suas nádegas, agarrando-as e as mantendo afastadas. E forçou.

Foi a vez de Armand gemer alto e fechar os olhos enquanto deslizava devagar para dentro dela. Tão apertada, tão quente.

Permitiu-se olhar a reação dela com aquela nova invasão e quase perdeu o controle ferrenho que estava tendo para não gozar.

Skylar estava com os olhos apertados, a boca entreaberta e uma expressão de êxtase absoluto no rosto. Suas mãos agarravam os próprios mamilos e seus seios e a barriga brilhavam de suor. Ele começou a se mover.

Nada se comparava àquilo. Seus pensamentos se apagaram e as estocadas foram ficando mais poderosas. Uma de suas mãos foi para a frente do corpo de Sky, acariciando aquele feixe de nervos enquanto se afundava cada vez mais naquele buraco apertado.

Os gritos que ela emitia era de desespero, de pura necessidade. Ecoavam os dele.

Quando parecia que os dois se desfariam ali mesmo, o prazer intenso se elevou ainda mais, de forma quase impossível.

A mão de Armand ficou úmida, a força do orgasmo a fazendo ejacular. Ele próprio conseguiu sair dela no momento exato em que se liberava sobre sua pele macia. A abraçou por trás e ficou muito quieto enquanto a respiração deles se normalizava com dificuldade.

Quando por fim recuperaram a capacidade de se mover, despencaram no colchão.

Antes de voltarem a dormir, Armand sussurrou no ouvido de Skylar.

— Você é a melhor coisa que poderia ter me acontecido.

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