Capítulo 5

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Sky simplesmente AMOU o alojamento dos vanguardistas. Era tão silencioso, e tinha muito espaço tanto dentro da casa quanto nas grandes áreas do lado de fora. Nos fundos havia um pátio espaçoso, e mais longe ficava o estábulo com um enorme cercado.

Um galpão então servia como arsenal, além de área de treino fechada. Ficou babando na coleção de armas que havia ali, e os dois rapazes se divertiram um pouco ao registrar a obvia paixão por lâminas que ela tinha.

— Tem mais como você lá de onde veio? — Jaha perguntou em tom de brincadeira.

— Eu não me importaria de ter um harém de fêmeas como você. — Marcus concordou. Então com expressão sonhadora disse. — Imagine várias iguais a ela lutando nuas só pra mim.

A moça lhe deu um tapa forte no braço enquanto Jaha ria alto. Ela olhou em volta discretamente e notou que Armand agora estava sentado num dos bancos que rodeavam o salão de treino. Bufou de leve e balançou a cabeça com desgosto.

Quando se voltou percebeu que os dois machos a observavam com atenção. Pigarreando, Sky agiu como se nada tivesse acontecido.

— Então, pelo que eu fiquei sabendo cada um de vocês usa um tipo de arma. Quem usa o quê? — Ela perguntou.

Sem cerimônia Jaha sentou-se no chão, sendo imitado por Marcus. Este último bateu no chão no espaço entre os dois guerreiros, e com um sorriso a jovem se sentou. Armand se levantou de onde estava e veio para perto deles com uma sobrancelha erguida.

— Qual é o grande problema em sentar em cadeiras como pessoas normais? — Perguntou, parado ao lado do grupo.

A moça achou estranho que os dois machos no chão parecessem querer rir dessas palavras, mas deixou passar e respondeu.

— Qual é o grande problema em você não encher o saco? Eles estão prestes a dar informação interessante. Vá pra lá ou sente-se, se não estiver com medo de sujar suas roupas. Sua babá ameaçou te colocar de castigo se você às amassasse?

Agora os dois explodiram em risadas altas, chorando e apertando a barriga como se tivessem acabo de ouvir a coisa mais engraçada do mundo. Armand ergueu a sobrancelha para eles e sentou-de lentamente no chão também, uma expressão de sofrimento no rosto. Isso só fez Jaha e Marcus rirem ainda mais.

Sky cruzou os braços e esperou, até que o careca tomou fôlego, secando os olhos e se recompondo. O amigo ainda resfolegou um pouco mas acabou por se acalmar.

— A sua língua é mais afiada que a espada do capitão. — Jaha comentou, olhando para ela admirado e com aprovação.

— Uh, eu não deixaria o Capitão ouvir você falando isso, é capaz de ele usar a espada pra cortar a SUA língua. — Marcus disse, e os dois riram mais.

De seu lugar Armand suspirou.

— E eu achando que o dia talvez até poderia ser interessante. — Murmurou consigo mesmo.

Sky fez uma careta para ele, e estalou os dedos na frente dos rostos dos dois guerreiros.

— Armas, lembram, crianças? — Disse, trazendo-os de volta para a realidade.

Pigarreando, Jaha falou de novo.

— Eu uso uma morning star. É a arma que mais faz sentido, já que a minha característica mais forte é a força bruta. — Explicou,encolhendo os ombros largos. — Mas também tenho um pouco de habilidade com a água, o que pode ser mais útil do que parece. — Disse, quase como se já tivesse ouvido alguém desmerecer esse poder.

— É claro que sim. Imagino que você já tenha ouvido falar sobre os cães de água da minha mãe. — Ergueu uma sobrancelha para ele, que lhe deu um sorriso amplo e pareceu relaxar enquanto concordava com a cabeça.

Corte de Estrelas e Luz SolarOnde histórias criam vida. Descubra agora