Noche Inolvidable

time to time

Lana ainda estava meio zonza pela presença de Joel mais cedo em seu trabalho. Havia terminado o expediente enquanto o rapaz ia para o hotel que disse estar. Se despediu de Karol fazendo mil promessas e estava indo ao encontro dele em um calçadão da cidade, especificamente em um quiosque para sentarem e conversarem. Ela já estava andando em direção ao quiosque quando avistou Joel sentado tomando água de coco e olhando para a praia. Respirou fundo e continuou caminhando até lá.
- Achei que você não viria. - Joel comentou assim que a viu se sentar a sua frente.
- Não tinha motivos pra isso. - Lana deu de ombros. - Por que você veio até aqui Joel? - Foi direto ao assunto, observando Joel se endireitar na cadeira e observa-la por alguns segundos, talvez pensando no que falar.
- Ver você. - Joel respondeu sincero. Foi a vez de a Lana se endireitar na cadeira.
- Joel... - Ela começou a falar mas se perdeu nos próprios pensamentos quando Joel segurou em sua mão por cima da mesa. O que realmente ele queria?
- Eu soube de você e Christopher. - Lana o olhou surpresa e Joel abriu um sorriso breve. - Mas podemos ser amigos, sim?
- Nunca deixamos de ser amigos. - Lana pontuou. - Você não deveria estar ensaiando para a turnê? - Lana questionou lembrando que os meninos entrariam logo em tour e que Joel ali, para uma amizade repentina, era no mínimo estranho.
- Temos folga de três dias. Pensei em vir arrumar as coisas entre nós dois. - Lana o olhou desconfiada e Joel apertou a mão da menina que ainda segurava. - Amigos, sim?
- Ok, amigos.

[...]

Karol havia ido visitar sua mãe depois do trabalho, passou umas duas horas com ela conversando sobre coisas aleatórias do dia e depois decidiu pegar um uber e ir pra casa. No caminho pegou o celular, mandou uma mensagem para Lana avisando que já estava a caminho de casa, entrou no Instagtam e rolou pelo feed dando like em uma ou duas fotos e foi pro twitter em seguida. Assim que entrou percebeu o número absurdo de notificações e foi checa-las. Muitas pessoas estavam a marcando em uma mesma publicação e ela clicou para ver do que se tratava. Gwen dançava e cantava Se Vuelve Loca junto com uma amiga. Que bonitinho, dançando a música do namoradinho. Pensou. Revirou os olhos impaciente e fechou a publicação com raiva. Poucos minutos depois chegou em frente ao prédio que morava, pagando ao motorista e descendo do carro. Entrou no elevador, apertou o botão para o andar do seu apartamento e aguardou que chegasse. A paciência dela já havia ido pro espaço. Saiu do elevador procurando a chave e assim que a achou, colocando na fechadura e girando a chave seu celular tocou. Olhou para o visor e as letras formando o nome de Zabdiel piscavam. Karol bufou, só faltava isso em seu dia. Deslizou o dedo pela tela do celular atendendo a chamada.
- O que você quer? - Perguntou entrando em casa e fechando a porta.
- Queria saber como você está... - Zabdiel falou após alguns segundos de silêncio. Ele queria muito não ligar mais pra ela, depois de todas as vezes que foi ignorado. Mas não conseguia. Karol riu debochada.
- Acho que você deveria estar ligando pra sua namorada, não? - Andou em direção ao seu quarto, deixando a bolsa sobre a cama e tirando os sapatos.
- Quer parar de ficar na defensiva, Karoline? - Zabdiel falou sério e Karol por um momento pensou em parar de implicância. Por um momentozinho ela acreditou que as coisas podiam se acertar.
- Não, Zabdiel, eu não quero. - Foi a vez de Karol falar séria. - Eu não sei porque você tá me ligando. Eu não sei se é pra mexer comigo, pra bagunçar meus sentimentos ou pra simplesmente tripudiar do que eu sinto. - Respirou fundo tentando controlar a raiva que sentia e voltou a falar. - Mas eu espero que você não me ligue mais. Eu não atendi antes e depois dessa ligação, também não irei mais atender.
- Karol... você sabe que precisamos conversar. - Zabdiel falou em um tom baixo, como se tivesse medo da reação da menina.
- Já conversamos, Zabdiel. Um dia depois daquela cena no pub nós conversamos e você me disse bem o que pensava. - Karol ouviu Zabdiel suspirar do outro lado e fez o mesmo, tentando conter a vontade de chorar que já lhe invadia. - Agora vai viver sua vida com ela e me deixa em paz.