Noche Inolvidable

dreams come true

Maio, 8, 2019. Aeroporto Galeão, Rio de Janeiro.

O avião pousou e Karol entrelaçou os dedos com os de Zabdiel que estava no acento ao seu lado. Suspirou fundo fechando os olhos por alguns segundos os abrindo ainda a tempo de ver Erick e Joel fazendo uma dancinha animada no corredor do avião.
- Vocês ficam ainda mais loucos em solo brasileiro! - Lana estava logo atrás deles, empurrando Joel para que o garoto andasse. Karol não pôde deixar de rir.
Christopher carregava uma mochila nas costas e ria alto, começando a entrar na dança dos amigos.
- Vocês estão me envergonhando. - Richard balançava a cabeça rindo baixo.
Zabdiel se levantou, sendo observado pela namorada, indo pegar sua bagagem de mão. Segundos depois Karol estava de pé, atrás dele enquanto Zabdiel a guiava puxando-a pela mão para fora do avião. Os outros passageiros riam da agitação e brincadeiras entre o grupo. Era impossível não se contagiar com eles.

(...)

- Rio de janeiro, chegamos! - Karol falou abrindo os braços enquanto andavam pelo aeroporto, ainda na área de desembarque.
- Dejavu. - Lana olhou para Karol sorrindo vendo a amiga fazer o mesmo.
- Que? - Zabdiel apareceu ao lado de Karol, colocando o braço sobre os ombros da menina.
- Vi Karol com esse mesmo sorrindo e falando a mesma coisa na primeira vez que viemos aqui. - Lana explicou, sorrindo. - É muito louco!
- Mais louco ainda é estar aqui, com vocês, vendo aquelas duas crianças de 6 anos brincando pelo aeroporto. - Karol apontou para Erick empurrando o carrinho de malas com Christopher em cima. Os garotos riam enquanto Christopher grava algo no celular.
- Eles não mudam. - Joel negou com a cabeça, rindo.
- Perdi a conta das vergonhas que esses loucos já me fizeram passar. - Richard arrancou risadas de todos ali presentes.

Uma quantidade razoável de fãs os esperavam do lado de fora da área de desembarque. Eram em torno de 40 meninas, o que pra uma madrugada, surpreendeu inclusive a equipe de segurança da banda. Alex recebeu algumas orientações do chefe de segurança e começou a repassar para a banda.
- Garotos, eu sei o quanto vocês estão animados mas precisamos que sejam rápidos, ok? - Pôde-se ouvir os protestos dos meninos. - Atendam as garotas mas permaneçam juntos, perto para que os seguranças possam dar apoio.
- Isso é tão chato... - Erick rolou os olhos, bufando.
- Tratam como se tivéssemos 10 anos. - Richard balançava a cabeça negativamente.
- É o trabalho dos seguranças, não sejam tão ranzinzas. - Alex bateu no ombro de Zabdiel que estava sentado em uma cadeira e virou-se novamente para o segurança.

Assim que os garotos saíram viram as fãs em fila, sem gritaria alguma, os esperando. Era incrível como elas conseguiam se organizar daquela forma. Saíram os cinco, deixando Karol e Lana um pouco mais atrás, olhando com sorrisos no rosto enquanto viam a felicidade deles e principalmente, das garotas ali presentes naquele momento. Alex as guiou pouco tempo depois até a van que minutos mais tarde estava totalmente lotada com mais cinco garotos agitados e falantes.

(...)

Haviam se passado quase 24h da chegada de CNCO no Brasil. Os garotos tinham a noite de folga. O dia foi de promocionar em rádios, TVs. Atenderam algumas fãs nas saídas dos lugares que foram e na frente do hotel. O sucesso deles no Brasil estava absurdo e era quase impossível passarem pelos lugares sem serem reconhecidos. Decidiram tirar a noite para curtir apenas entre os sete. A amizade deles nos últimos meses havia se fortalecido ainda mais e era nítido ver como ficavam a vontade para fazer piadas ou partilhar segredos.

Andavam pela praia conversando e brincando entre si. Lana andava ao lado de Christopher de mãos dadas, mal prestando atenção na conversa e Karol vinha logo atrás com Zabdiel, rindo das coisas que Erick falava. O cenário era completamente nostálgico, as garotas lembravam bem da vez que estiveram ali com Zabdiel e Christopher. Haviam levado madeiras e as coisas necessárias para se fazer uma fogueira. Karol estava bem animada com isso. Assim que decidiram onde ficariam, Richard e Joel começaram a arrumar as madeiras e Erick vez ou outra tentava ajudar, só levando bronca porque mais atrapalhava do que ajudava.
- Quando vocês pedirem a minha ajuda, eu vou negar. - Levantou as mãos, fazendo todos rolarem os olhos rindo.
- Para de ser dramático, Cólon. - Christopher ria enquanto Erick ficava ainda mais indignado. Sentou cruzando os braços dizendo que também não faria mais nada.
Depois de alguns minutos conseguiram montar a fogueira a acendendo.
- Pronto! De frio não morremos. - Joel falou sentando-se ao lado de Erick.
- Como se o Rio de Janeiro fosse frio, né. - Erick provocou.
- Alguém mais tá afim de jogar o Cólon na água? - Joel perguntava sério enquanto todos os outros riam, até mesmo Erick.
- Cadê as bebidas, Zabdiel? - Richard se aproximou de onde Zabdiel estava, perguntando.
- Aqui. - Apontou para uma caixa térmica onde haviam levado as bebidas. Richard a abriu, pegando uma garrafinha de cerveja Corona e se sentando também. Os garotos haviam levados dois violões e a ideia era essa: conversarem e cantarem, aproveitando a noite. E assim o fizeram. Começaram a cantar músicas dos artistas que gostavam e até arriscaram um português, vez ou outra. As garotas gravavam esses momentos, querendo deixar guardado na memória e em vídeos como em momentos assim - e na maioria dos momentos com eles - eram leves.