Matheus sofreu muito com os falsos crentes e a religiosidade praticada dentro da igreja, cobranças excessivas dos membros da igreja por ser filho do pastor, pois eles acham que o filho de um líder espiritual não é um ser comum, não pode brincar, não poder ser criança, não pode isso, não pode aquilo, não pode, e não pode, e não pode... E outro motivo dos ataques e oposição, foi o fato de ele ser líder, não apenas um líder, mas um bom líder.
Ele sempre reclamava com seu pai, e o pastor Carlos sempre tentava lhe explicar que a igreja não é um lugar de santos, mas de pessoas problemáticas; como Jesus ensinou os sãos não necessitam de médico, mas os doentes sim, e que ali é um lugar público e heterogênico, e infelizmente a Bíblia diz que o joio tem que crescer no meio do trigo, e quem vai fazer essa divisão será o Senhor, quando vir buscar os seus escolhidos. Até lá temos de suportá-los em amor.
Mas as coisas nunca melhoravam; quanto mais ele trabalha dentro da igreja, mais os opositores se levantavam. Assim que Matheus se tornou líder dos adolescentes, houve o caso do departamento – que até então não tinha visibilidade, por ser pequeno, e seus cultos que tinham poucos cooperados.
Ele assume a liderança do departamento numa terça e no sábado já era o culto dos adolescentes. Não deu nem tempo de programar alguma coisa, até então não havia ataque e opositores, mas para o culto do mês seguinte, ele, adolescente cheio de tempo e energia, fez uma lista de igrejas para serem convidadas, foi até a secretaria da igreja e solicitou várias cartas, convidou departamentos de adolescentes de várias igrejas. O departamento que ele assumiu como líder, até o momento, era desprezado pela Igreja. Os músicos não compareciam nos cultos dos adolescentes e na igreja de Matheus todos os instrumentos eram guardados e trancados em uma sala e só o responsável pelo louvor ou o zelador tinha essa chave.
O culto estava começando sem nenhum instrumento. Um pastor de uma igreja próxima, que estava com uma kombi no culto dos adolescentes na igreja de Matheus, pediu para o líder ir à igreja deles e trazer imediatamente todos os instrumentos para aquele culto. Aquela noite foi um marco para o departamento. Todos os adolescentes da igreja local ficaram felizes, se sentiram valorizados.
A história desse culto chegou ao ouvido de todos na igreja, e foi aí que começaram os ataques e perseguição ao líder Matheus. O secretário da igreja, que era o líder dos jovens, ficou com muito ciúme pelo fato de o culto dos adolescentes ter sido uma benção. Quando Matheus foi pegar as cartas para o próximo culto, o secretário mentiu e disse que não tinha mais cartas, que todas tinham acabado (na verdade, ele queria era boicotar o trabalho de Matheus, não queria nenhum departamento sobressaindo os dos jovens que ele liderava).
Matheus, então, de forma pura, sem malícia, pediu apenas uma carta (ele tinha um amigo que trabalha numa autarquia, no setor de fotocópia, e esse amigo tirou 500 fotocópias de cartas para Matheus, que com esse material, pôde novamente convidar outras igrejas). Mais uma vez o culto ficou cheio; o secretário ficou enraivecido pelo culto dos adolescentes ter mais sucesso do que o dos jovens e fica sabendo que Matheus está com cópias da carta para convidar igrejas. O secretário durante a reunião de obreiros desmoraliza Matheus, diz que ele é um moleque abusado, que não respeita a diretoria da igreja, se acha dono da igreja só pelo fato de ser filho do pastor, e dá como justificativa o fato de o menino estar com um fardo de cartas – coisa que não é de competência dele. O secretário fala que isso é passar por cima de sua autoridade.
Matheus passou a dar aula para os adolescentes na EBD e a classe desse departamento era vazia; ele, com seu jeito descontraído, nada ortodoxo, falando uma linguagem que os adolescentes entendiam, mas com conteúdo bíblico, e cristocêntrico, a classe passou a encher.
Agora Matheus é um destaque na igreja, e isso geralmente ocasiona problemas. o fato de ele estar trabalhando e Deus lhe exaltando despertou inveja e ciúme em outras pessoas, na sua maior parte obreiros, que de tão cegos por esse sentimento faccioso, não conseguiam pensar nem nos próprios filhos, que estavam animados, felizes com o departamento, com a igreja, entusiasmados querendo participar das programações, acordando cedo e indo para a EBD.
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