Eles continuam andando e chegam ao território dominado pela milícia do Charles, mas eles não sabem que ele é o chefe dessa quadrilha, mas Matheus é amigo dos traficantes, e milicianos para eles são inimigos, por isso ele quer sair dessa área bem rápido, mas no caminho ainda está aberta a lanchonete da Mauricéia, mais conhecida como a Tia do Açaí, que fica no caminho por onde eles vão passar para subir o morro, na verdade, é quase na entrada do morro da Vila Ruth, mas do outro lado, o grupo passa diante da lanchonete e Juliana vira para Matheus e diz:
– Amor, vamos tomar um açaí antes de subir o morro para a casa do Jefferson?
– Você tá de olho de tandera uma hora dessa, tu tá brincadeira né Juliana, com um policial tarado para colocar a mão na gente e você pensando em comer uma hora dessas.
Patrick imita o Kiko do Chaves para pedir ao Matheus que entrem e comam um açaí:
– Ah! Vamos comer um açaizinho... anda, diz que sim, não seja mau... nem que seja só um pouquinho, anda vai, não seja mau...
– Enquanto vocês decidem aí, eu vou comendo – e Patrícia já está entrando na casa de lanche.
– Relaxa, Matheus – diz Jefferson –, tá suave, mano, já estamos no pé do morro, cara, e lá no morrão não tem nada aberto, e a entrada é ali na frente, já estamos em casa, e quando eu passei aqui algumas horas antes, o Barbante estava ali no pé do morro, então aqui tá tranquilão hoje.
Matheus fala para Juliana, em tom de brincadeira:
– Vamu imbora, ô cheia de fome...
Juliana responde:
– Sou mesmo, pois a boca foi feita pra cumê, a cumida foi feita pra cumê, e eu nasci para cumê.
E todos começam a rir.
Patrícia entra na frente e se senta na cadeira do canto, Juliana entra depois dela e senta ao seu lado.
Patrick vem logo após as meninas e senta do outro lado, de frente para Patrícia; Matheus vem depois e vai pegar uma cadeira para sentar na cabeceira da mesa, para ficar do lado de Juliana; Jefferson senta-se ao lado de Patrick.
Todos já acomodados dentro da casa de lanche, Matheus pergunta a Juliana:
– Juliana, vai querer de quanto?
– Hummmmmm deixa eu ver, tem de que, amor?
– Hiiiii, mermão, isso vai dar ruim – Matheus se levanta e vai até balcão fazer o pedido.
– O seguinte tia... faz dois de setecentos mililitros, e três de quatrocentos mililitros para mim aí.
– Tia, tem como ser rápido – pede Jefferson –, temos de subir o morro antes que o bicho pegue, lá em cima o bagulho hoje não tá nada suave.
Enquanto esperam o açaí, o tempo está fechando para chover muito e todos estão sentados diante de uma mesa; Matheus se lembra de uma palavra de Jesus sobre a sua vinda, que diz: Assim como foi nos dias de Noé assim será a vinda do homem . E olham para o céu, com quem diz "vai chover até o mundo ser coberto de água novamente"... Juliana olha para ele e fala:
– Deixa de ser bobo, Matheus, nessa eu não caio não, essa eu sei, o mundo não vai ser destruído com água mais não, agora vai ser com fogo.
Juliana pergunta:
– Matheus, como será essas coisa de apocalipse?
– Tá aí um bagulho doido... nós só temos agora, do mundo que conhecemos, sete anos.
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PERSEGUIDOS
Spiritual2º lugar no Concurso Sakura e 3º lugar no Concurso de livros 2º edição ambos na categoria Espiritual. A mensagem que todos recebem no whatsApp vai te surpreender. Em uma noite super quente no campinho que fica no alto do morro da Vila Ruth, está ha...