6 A NATUREZA HUMANA 01

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Quando eles fogem da casa do Matheus, Charles, com esses dados, vai a procura deles em todas as lanchonetes e comércio abertos no local e depois na residência de cada um. Ele queria ver se algum familiar tinha ficado, como mãe, pai e irmãos, para serem presos e servir de isca para uma emboscada. Na casa de Matheus não havia ninguém, na casa da Patrícia também não, e nem na casa de Patrick, na casa de Jefferson ele não podia ir, pois era no alto do morro da Vila Ruth, mas quando chegaram na casa de Juliana os pais dela estavam lá, eles não haviam sido arrebatados. Eles ficaram, pois não haviam se arrependido e pedido perdão, por todas as vezes que eles difamaram o líder dos jovens do conjunto que sua filha participava, eles até poderiam proibir a filha de ir para igreja, mas não poderiam mentir e atacar a integridade de uma pessoa para legitimar uma farsa.

E, o era pior, eles atacavam quem só os ajudavam, pois, os líderes da igreja onde a filha frequentava, não queria o mal de nenhum deles, mas eles não conseguiam entender, não gostavam que a filha saísse, e por isso difamava os líderes da igreja. Os pais da Juliana faziam o tipo de crente santarrão, que não aprenderam o que é amar e respeitar o próximo. Quando as duas viaturas do COMP chegaram à casa, eles entraram em desespero, preocupados com a filha pois acharam que as viaturas foram lá para levar alguma informação ruim sobre a filha deles, pois eles ainda estavam muito abalados com uma irmã da Juliana, que por causa da forma de servirem a igreja, os costumes dos homens, as proibições, as hipocrisias, as cobranças, ela se desviou, ficou viciada, e foi encontrada morta por espancamento em uma casa abandonada.

As viaturas param diante da casa, o pai vem na frente, a mãe vem atrás, chorando. Charles olha para eles vindo, balança a cabeça de forma negativa, e fala consigo mesmo em pensamento, "coitados eles acharam que isso é servir a Deus?" O pai da Juliana, o presbítero Gustavo, estava vestido com calça social, chinelo de dedo, camisa de manga, e uma camiseta por baixo; a mãe dela estava de saia que chegava ao pé, chinelo de dedo, camisa com manga 3/4, e uma camiseta por baixo; o cabelo era grande, preso em formato de um coque, ao correr o cabelo se solta, o seu comprimento é enorme, tinha anos que não raspava os pelos do corpo e não cortava o cabelo.

Charles sente desrespeito para esse tipo de crente que ficou, que não foi levado junto com os verdadeiros crentes, pois ele sabe que é aquele tipo de pessoa hipócrita, falsa, mas que se acha a mais correta e santa do mundo.

Os policiais descem do carro, todos ficam perto do Charles, pois, sabem que ele é imprevisível, aí chegam os pais de Juliana, irmã Ana, nervosa e desesperada, chorando, pergunta: A minha filha sumiu também, fala que está tudo bem com ela.

O pai da Juliana, o presbítero Gustavo, estende a mão para se apresentar. O policial Charles também estende a mão. O presbítero Gustavo vai se apresentando...

Boa noite! Eu sou o presbítero...

Quando é interrompido, o policial Charles fecha a mão que ia cumprimentar o pai da Juliana e dá um soco que acerta do lado da cara dele. O presbítero Gustavo nem esperava aquilo, ele cambaleia, outro policial o segura e o algema, a mãe da Juliana, irmã Ana, entra em pânico, está com as mãos no rosto; então, o policial Charles dá uma banda nela, que pega as duas pernas juntas, ela chega a voar no alto e cai no chão, ao cair ela tenta amortecer a queda com uma das mãos e quebra o braço na hora. Um dos agentes está com um celular filmando tudo.

Enquanto os pais da Juliana são levados para dentro de casa para serem torturados, o policial Charles pega o telefone e liga para Cleiton, o namorado do Patrick. Charles se apresenta e fala para ele que ambos têm de se encontrar com extrema urgência pois, Patrick está correndo perigo de vida. O policial Charles passa o endereço para o Cleiton, que fica nervoso e preocupado, e pergunta ao policial se quer que ligue para o seu namorado, ele diz que não era para perder tempo ligando não, era para ir correndo encontrar com ele, mas o Cleiton diz que estava com medo de sair de casa estar em vigor um toque de recolher, Charles fala para ele uma senha para se for parado, ao dizer essa senha vão te liberar, tem como anotar a senha, Cleiton corre e pega uma caneta e um caderno, e o policial Charles fala:

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