DOZE

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— Eu não acredito que isso aconteceu. Ainda mais com a mesma pessoa de sempre. É claro. Sempre quando tem um problema Romeu Garcia sempre está no meio. Por que isso é inevitável!

Eu estava na sala do diretor com mais outros três professores. Estava sentado de frente para ele ainda sentindo dores no rosto e nas pernas. Romeu estava do meu lado. O rosto dele estava vermelho. Eu estava orgulhoso de ter acertando-o em cheio. Felipe e os Gêmeos estavam atrás de Romeu. Albert e Antônio atrás de mim, e também pareciam que haviam brigado.

— Agora me digam, por que ocorreu a briga?

Todos começaram a falar ao mesmo tempo, inclusive eu.

— Silencio! — o diretor gritou! — Júlio. Você primeiro.

Eu olhei para Romeu antes de dizer.

— Romeu foi à culpa disto tudo.

Ele e me olhou e deu risadas altas.

— É sério diretor. Eu posso provar.

— Então diga. — disse o diretor.

— Romeu nunca gostou de mim. Dês do primeiro dia em que entrei no colégio ele disse que entre eu e ele deveria ter um vínculo entre amizade ou inimizade.

O diretor o olhou, depois devolveu seus olhares para mim.

— Ele disse que se eu fosse seu amigo, tinha que ser como os idiotas aí. — apontei para Felipe e os gêmeos, que protestaram com múrmuros. Mas logo o diretor os mandou calar a boca. — Em seguida, se eu não fosse seu amigo, teria que ser seu colega. Aquele que fazia os deveres de casa dele. Mas ser inimigo, o senhor já sabe o que aconteceria, não é?

O diretor os olhou.

— Romeu, não tem nada a dizer ao seu respeito?

Romeu me olhou, depois devolveu seus olhares para o diretor.

— Tudo o que o Júlio disse é uma tremenda mentira.

Eu o olhei e bufei desgostoso.

— Vocês sabem o que eu acho disto tudo? — O diretor se levantou da cadeira lentamente, olhou para todos os alunos na sala e dois dos professores. Bateu na mesa com força e eu dei um pulo de susto. Romeu estava pálido de susto, parecia primeira vez que eu o vi com medo. — Eu estou cansado disto tudo! Todas as brigas que ocorrem aqui. Eu não agüento mais isso. Eu não vou discutir mais. Já tenho minhas decisões a tomar. — ele olhou para Albert e Antônio. — E vocês dois? Por que estavam envolvidos?

Antônio e Albert se entreolharam.

— Nós fomos ao banheiro para entregar uma camisa nova ao Júlio. Quando Felipe e os gêmeos nos impediram de ajudar. Então acabamos brigando no corredor para ajudar o Júlio.

Olhei para eles e sorri. Albert piscou e sorriu forçado. Antônio estava com medo de ser suspenso. Ou até expulso.

— Tudo bem. — continuou o diretor. — Professor Jorge. — o diretor pegou alguns papeis e entregou ao professor de educação física. — Quero que anote os nomes completos dos três amiguinhos de Romeu. Ficaram suspensos por duas semanas e quero conversar com suas mães.

— Duas semanas, diretor? — protestou Felipe.

— Você é surdo por acaso? — ele gritou. — Levem eles para a sala de detenção. Chamem seus pais e quero que venha até essa semana aqui, se não, não precisam mais vir, e nem os filhos.

Romeu e JúlioOnde histórias criam vida. Descubra agora