TRINTA E UM

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Dia 10 de setembro de 2016.

Era sábado. Bianca me ligou cedo quando eu estava tomando café. Minha mãe estava na cozinha comendo comigo e lendo o jornal enquanto eu via as mensagens. Ela queria que eu fosse assistir a um filme em sua casa. Chamara o Albert e as meninas também. Antônio não poderia ir, estava doente. Todos marcaram de amanhã irmos à casa dele para vê-lo.

Minha mãe estava um pouco distante por que Romeu estava dormindo na nossa casa. Eu sorri para ela e ela tentou sorrir. Disse que iríamos para casa de Bianca assistir o tal filme. Romeu vinha descendo as escadas e sussurrou um bom dia para minha mãe. Ela o olhou e sorriu forçada. Ela não vez expressões quando ele beijou o canto da minha boca, sussurrando um bom dia para minha mãe, também. Ele se sentou ao meu lado e começou a comer os pães que eu havia colocado no prato para ele. Minha mãe fechou o jornal e me olhou.

— Júlio... — ela olhou para o Romeu. — Romeu. Precisamos conversar. Agora mesmo.

Nos nós entreolhamos.

— Sim, mãe. — sussurrei.

— Eu fiquei pensando um pouco sobre o caso de vocês dois e...

— Senhora, Pereira, — Romeu a cortou. — Não temos um simples caso como dois amantes que se vêem algumas vezes. Estamos namorando. Eu amo o seu filho e ele me ama.

Ela o olhou, respirando fundo e arrumou o cabelo.

— Sim eu sei. Mas... Como disse, esteve pensando sobre vocês e acho que estão certos.

Eu olhei para ele, e ele me olhou.

— O quê?

— Quero dizer que deixo vocês namorarem. Dou permissão.

Romeu sorriu para ela e a beijou ao rosto. Minha mãe não esperava. Sorriu forçada quando sentiu o beijo dele. Levantei-me e a abracei forte.

— Obrigado, mãe.

Ela sorriu. Olhou para Romeu e sorriu também, segurando uma das mãos dele com ternura.

— E você, Romeu. Fico feliz por gostar do meu filho, mas se algo acontecer a ele, eu mato você. — sorriu.

— Não vai acontecer nada. Eu prometo à senhora. Pode deixar.

Após o almoço, nós fomos para casa de Bianca. Todos já estavam lá. O pessoal não olhara muito para rosto de Romeu por tudo o que ele já vez. Bianca colocou filme no DVD e começamos a assistir. A porta bateu. Ela foi atender e recebeu a visita com um sorriso grande e um abraço apertado. Era uma jovem da nossa idade. Linda e morena dos cabelos enrolados. Ela cumprimentou a todos e logo se sentou ao meu lado. Percebe que não parava de me olhar em alguns segundos. Eu me senti um pouco acuado. Quando a olhava às vezes. Ela sorria de um jeito tentador. Ewelin era sim uma bela jovem de dezessete ou dezoito anos. Ela estudara no colégio próximo ao nosso e era uma amiga antiga de Bianca.

O filme estava bom. Bianca chamou a mim e Ewelin para irmos até a cozinha para prepararmos as pipocas. Percebia que, ainda, Ewelin não parava de me olhar. Sorria com desejo para mim muitas vezes sem dizer nada. Algumas vezes, se aproximava de propósito encostando seu braço ao meu quando passava. Quando Bianca foi até o banheiro, ficamos sozinhos na cozinha colocando as pipocas nas vasilhas e preparando os copos de refrigerante. Ela se aproximou lentamente e sorriu para mim.

— Você é o Júlio, não é?

Eu a olhei. Ela era realmente linda.

— Sim. — sorri forçado.

Romeu e JúlioOnde histórias criam vida. Descubra agora