DEZENOVE

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Dia 27 de agosto de 2016.

No dia seguinte, o diretor chamou a todos pelos corredores fazendo algazarras. Os alunos começaram a se levantar para partirem. Lembrei de arrumar minhas coisas quando acordei ainda na cama de Romeu. As coisas dele estavam no chão e as minhas estavam todas prontas. Olhei para minhas malas na minha cama, todas também estavam prontas. Eu sorri e a porta se abriu de repente. Romeu já estava vestido e trouxe um sanduíche enrolado em um guardanapo. Entregou-me e sorriu alegremente.

— O ônibus sai daqui à meia hora. Coma logo e se apronte.

Eu sorri.

Comecei a comer e logo me levantei da cama. Troquei de roupa e logo estava pronto. Bebe um copo d'água que havia na pequena estante de duas gavetas no meio das camas.

— Bem, eu vou primeiro. — ele me olhou, desapontado. — Até segunda.

Eu o olhei. Querendo que ele ficasse por mais alguns segundos.

— Tudo bem. — aceitei. — Até segunda. E... Desculpe-me por tudo novamente. — sorri.

— Ok. — ele deixou as malas no chão e se aproximou. Abraçou-me forte e não queria me soltar. Nem eu mesmo queria solta-lo.

Quando o abraço acabou trocamos olhares fixos, e nossos lábios estavam a dez centímetros de distância. — Eu... Tenho que ir agora. — sorriu.

— Ah. — dei risadas baixas. — Claro. Até segunda, Romeu.

— Até Júlio.

Romeu e JúlioOnde histórias criam vida. Descubra agora