VINTE E CINCO

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Dia 3 de setembro de 2016.

No dia seguinte, parecia que Bianca ainda estava brava comigo. Ela sabia que eu iria dar uma festa. Minha mãe a colocou para organizar tudo. Eu estava em meu quarto me arrumando para sair. Bianca e o pessoal estavam lá em baixo cuidando de tudo. Arrumação, musica, bebidas e comidas. Ainda eram 19h15min da noite. Quando desce as escadas, Bianca me olhou e veio até mim.

— Aqui está o dinheiro pra comprar o resto das coisas. — ela me deu uma nota de 100.

Eu olhei para a nota e devolve meus olhares para ela.

— Bianca, eu não quero muita gente. É só uma reunião entre amigos.

— Eu sei disto, Júlio. Agora vai. — ela se virou, e eu a segurei, ela voltou a me olhar. — O que foi agora?

— Ainda tá brava comigo.

— O que você acha?

— Eu não tenho culpa por isso ter acontecido. Talvez eu quisesse que acontecesse de fato.

— Ta me dizendo que tá gostando desse crápula?

— Eu não sei. Acho que sim. Mas eu não posso ficar brigado com você pra sempre. Deveria estar do meu lado.

— E eu estava Júlio. Antes de você se aliar ao inimigo.

Eu dei risadas.

— Bianca, para de dizer o que é ou não é bom pra mim. Eu posso me cuidar sozinho.

Ela se calou. Olhou-me fixamente, e suspirou.

— Eu não queria dizer isso...

— Mas disse. — foi direta.

— Eu só quero estar em paz comigo mesmo. Por favor, você não pode me apoiar?

Ela me olhou novamente.

— Vai comprar o que falta... Feliz aniversário.

Eu sorri forçado e sai de casa. Comprei algumas comidas, bebidas e as decorações que ainda voltavam ao mercado perto da minha casa. Quando retornei, minha casa estava cheia de gente. Pessoas estavam até no gramado do quintal.

Estava luminosa e o som de música eletrônica era empolgante. Eu olhei para toda a minha casa e engoli em seco só de pensar em saber o que minha mãe diria.

— Essa não é a minha casa. Com certeza não é. — murmurei com medo de entrar.

Quando passei pela porta. Todos me olharam e gritaram meu nome com palmas e tudo mais. Recebi muitas batidinhas nas costas de um "feliz aniversário, Júlio". "Felicidade aí, veio" "Tamo junto, brother". E todas as outras gírias. Eu apenas sorri e agradece a todos. Eu sabia que metade daquelas pessoas, na verdade, a metade da metade, eu conhecida. Os outros, eu via algumas vezes na minha escola. E também tinha gente que nem estudava na minha escola. Eu procurei por Bianca, mas não consegui achá-la. Albert era o DJ da festa. Ele animava a todos com as músicas barulhentas e altas. Aproximei-me dele e sussurrei em seu ouvido onde Bianca se encontrava. Ele gritou dizendo que não sabia. O dei as costas e continuei procurando. Quando percebe, Bianca estava dançando com Luiza e Claudia e alguns caras do time de futebol. Todos juntos demais. Eu a peguei pelo braço e a puxei para o canto. Ela me olhou com múrmuros e reclamou quando eu a levei pro meu quarto, que era o lugar menos barulhento da casa. Tinha gente transando até na cama da minha mãe, cara! Acredita nisso? É claro que eu os expulsei, mas eles já estavam nus e não quiseram sair. Voltei ao meu quarto com Bianca e ela me olhou um pouco tonta. Com um copo em mãos.

Romeu e JúlioOnde histórias criam vida. Descubra agora