Capítulo 8

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"O tempo que ficamos longe um do outro foi longo demais" 

(Por trás daqueles olhos para sempre – C.M.Carpi – Daniel e Elena)

— Não estou a fim de sair Paty, que coisa chata

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— Não estou a fim de sair Paty, que coisa chata. Você sabe ser irritante quando quer. – me joguei no sofá com as pernas encolhidas.

— Qual é Malu! Até Nica se animou, só está esperando sua confirmação. – me seguiu fazendo o mesmo.

— Adoro sair contigo, mas com esse mala do Roberto junto, estou fora. Totalmente fora. Sem a menor possibilidade de estar dentro.

— Amiga... Marcos tem toda razão. Diga ao Beto com todas as letras, que não quer nada com ele e se o babaca insistir, conversar com Dona Nena.

— Que lindo! Era só o que faltava. Não acha que ela tem coisas demais para se preocupar? Vou parecer a garotinha bobona que reclama do colega.

— Malu, o que aconteceu não vai se repetir. Nem todos os homens do mundo são iguais ao Leo.

Aquele nome me causava calafrios. Eu sei que ela podia ter razão, mas o medo era mais forte do que eu conseguia suportar. Sem contar que não quero meu nome envolvido nesse tipo de coisa de novo.

— Amiga, eu te amo. – segurou minha mão com ternura – Não vou deixar que aconteça de novo. Se ele ou qualquer filho da puta, fizer alguma coisa conta você eu arranco as bolas. 

— Eu sei disso. Só que... não quero mexer nessa ferida. Não quero ter que passar isso. – cobri os olhos, tentando inutilmente afastar a terrível lembrança que me atormentava. 

— Malu. – me abraçou. – Lembra do filme Gasparzinho? "Fantasmas assombram porque são assuntos inacabados". Você tem que superar isso.

— Estou fazendo isso. Virei a página. Segui com minha vida.

— Não, amiga, o que você faz é dar mais poder ao fantasma do medo. Quanto mais tempo levar para curar isso, mas difícil será para que seja verdadeiramente feliz.

— Eu não preciso de homem para ser feliz. – minha voz saiu fraca porque nem eu sabia se acreditava nisso, já que meus pensamentos e meu coração imploravam pela presença de Marcos, mesmo depois de tudo que vi.

— Falou a mulher viciada em filmes e livros românticos. Que suspira com cada final feliz.

— São só histórias. Não há nenhum mal nisso. – sorrimos sem vontade.

— Não há mesmo, mas já passou da hora de você ter a sua própria. E quanto ao Marcos? Você não aguenta vê-lo sem ter um frisson.

— Como se isso mudasse alguma coisa. O fato de desejá-lo, não significa que teremos alguma coisa. – bufei – Estou bem assim. E tenho mestrado, casa para reformar, viagem para programar. Preciso ter foco.

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