Para superar seus medos, Malu escolheu a saída mais viável: reprimi-los.
Saciava seus desejos íntimos, fantasiando com personagens de romances eróticos, sem as complicações de um relacionamento, até desafiar-se a sair de sua zona de conforto, com u...
"Aquela certamente, não foi a primeira vez que voei, mas inevitavelmente, foi a mais emocionante e inesquecível de toda minha vida ."
(Uma noite apenas – Bya Campista – Evan e Angelina)
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Alunos empolgados cantavam no ônibus, assim que saímos do colégio. Todos os anos, Paty e eu, levamos os alunos de terceiro ano em uma viagem à Paraty (cidade que mais amo no mundo) numa excursão de fim de semana, como prêmio para os vencedores dos melhores trabalhos da Semana de História. É um passeio acadêmico muito prazeroso. A viagem de quatro horas é cansativa, à noite e logo a maioria acaba pegando no sono ou vendo alguma coisa no celular até chegar a Pousada Pôr do Sol. Nosso dia começa cedo, com o delicioso café da manhã e roteiro divertido. Caminho do Ouro, a estrada de pedra, feita por escravos. Fazenda Murycana ou Fazenda Bananal, com mostra da vida dos viajantes daquela época, além de ter o segundo melhor café do mundo, adoçado com rapadura.
Encaramos uma subida de 40 minutos a pé morro a cima, para almoçar e mergulhar nas águas geladas da Cachoeira da Pedra Branca. À tarde, uma visita guiada ao Centro Histórico, à noite curtir a mistura de culturas, nas praças ou nos bares. Parece cansativo, mas juro que vale a pena.
Paty e Paulo ficaram na pousada, vigiando os alunos, de hormônios aflorados, para que Marcos e eu saímos para um passeio romântico. Sei que pode parecer bobagem, mas caminhar pelas ruas de pedra, na cidade que tanto adoro, de mãos dadas com o amor da minha vida, era a realizarão de um sonho antigo. Foi sem dúvida, um dos momentos mais incríveis e mágicos que já tive na vida.
Fotografamos em cada cantinho daquela fascinante arquitetura histórica. Paraty à noite é tão linda quanto à luz do dia. Casarões guardam lembranças do tempo que o ouro, trazido de Minas Gerais, enriquecia a coroa Portuguesa, mas também histórias de amor à arte e de quem sobrevive dela. Amo esse lugar, é como se eu já tivesse vivido aqui em outra vida.
Passamos por um bar e uma banda se apresentava cantando pagodes antigos. Paramos do lado de fora para ouvir. Marcos me abraçou por trás e logo senti seu incomparável pedindo atenção. Descaradamente, me esfreguei como se estivesse dançando, instigando levemente. O grupo era tão bom que resolvemos entrar. Marcos reconheceu os integrantes, de festas que trabalhou como segurança. Pedimos cervejas e continuamos curtindo aqueles clássicos incríveis, dançamos agarradinhos, cantamos, sorrimos e nos beijamos muito.
Eu fervia de tesão. Ele ficou encostado em mim para disfarçar a ereção, e para atormentar meu juízo, passava a ponta dos dedos pela minha pele, por cima dos seios, apertava minha bunda, beijava meu pescoço e dizia um monte de coisas safadas no meu ouvido.
Fomos para o balcão e para minha total felicidade, tinha um daqueles bancos altos, vazio num canto da parede, com pouca iluminação. Sentei de pernas cruzadas, só pra provocar. Na posição que estávamos, enquanto estivesse à minha frente, ninguém veria o que fazíamos. Com a mão gelada de segurar a cerveja, enfiei por dentro de sua camisa subindo até seu peito. Ele fechou os olhos com o arrepio provocado.