Para superar seus medos, Malu escolheu a saída mais viável: reprimi-los.
Saciava seus desejos íntimos, fantasiando com personagens de romances eróticos, sem as complicações de um relacionamento, até desafiar-se a sair de sua zona de conforto, com u...
"Fiquei emocionada. Senti que ele realmente se importava comigo e me indaguei se, um dia, alguém fizera isso."
(Ferida - Nana Pauvolih - Theo e Eva)
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— Sempre envolvendo conhecimento e diversão, a Semana de História deste ano, terá como tema "Mulher Brasileira em Primeiro Lugar".
Olhei com carinho para meu adorado terceiro ano. Minha primeira turma como professora de História, quando ainda era estagiária, que sempre devolvia com admiração, devoção e olhares atenciosos.
— Tarsila do Amaral, Dercy Gonçalves, Hebe Camargo, Leolinda Daltro, Roberta Close, Zuzu Angel, Leila Diniz, Fernanda Montenegro, Anita Garibaldi, Maria da Penha, Maria Bonita, Elza Soares, Maria Lenk, Nísia Floresta, Marta, Zilda Arns Neumann, Dona Ivone Lara, Chiquinha Gonzaga, Beth Carvalho, Lota de Macedo Soares, Carolina de Jesus eHortência.
Adorava vê-los tomados de expectativas. O objetivo deste projeto, além de valorizar a mulher em sua essência e luta, era homenageá-las.
— Os grupos serão formados por quatro componentes, em sorteio entre alunos das duas turmas de terceiro ano.
Um verdadeiro alvoroço se instaurou na sala, uns adoraram e outros simplesmente surtaram. Aguardei por um tempo e pedi a palavra.
— Ok! Já sei como funciona. – olhei-os seriamente para que captassem a mensagem – Sempre temos o direito à argumentação, então quem deseja exercer-lo?
Lucas apressou-se a levantar a mão.
— Não acredito que essa ideia vá dar certo. – outros concordaram.
— O que te fez acreditar nisso, sem nem ao menos tentar?
— Alguns alunos são muito diferentes de nós.
— E qual o problema em ser diferente, Lucas?
— Nenhum. – respondeu desanimado, sabendo que seu argumento não era forte o bastante para me convencer.
— Bem, a diferença não é um problema para fazer novas amizades ou simplesmente estabelecer contatos cordiais.
Eles continuavam incrédulos. Daniele saiu em minha defesa.
— Realmente acho uma boa ideia. Tenho muitos amigos na outra turma e adoraria fazer trabalho com eles. Praticamente somos uma turma só.
— Verdade. Sempre fizeram atividades juntos e nunca reclamaram.
O real interesse dela era por certo carinha. A turma não gostou nem um pouco de seu comentário.
Guilherme pediu a palavra, visivelmente preocupado.
— Professora, adoramos seus trabalhos. Nunca tivemos problemas com colegas de outras turmas, mas dadas as circunstâncias, acho que falo por muitos que ninguém quer dar o azar de ter aquele "garoto" no grupo. – usou os dedos fazendo o sinal de aspas quando disse "garoto". Sabia que isso causaria desconforto, mas se esse era exatamente o meu objetivo, socialização e tentar ajudar Gustavo, tinha que ser firme.