Capítulo 33

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"Seu olhar me toca como uma caricia. Que vontade de me jogar em seus braços. Mas não posso... ainda... Preciso que ele entenda seu erro e não cometa mais."

(Não sonhe com o amanhã – Josy Stoque – Cássio e Pâmela)

(Não sonhe com o amanhã – Josy Stoque – Cássio e Pâmela)

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Marcos sempre foi protetor, mas andava exagerando. Papai mandou... Isso mesmo... mandou Milena e eu dormirmos na sua casa, pois precisava do genro para uma viagem no sábado. Como meu namorado não conseguiu me convencer, ficou a cargo do poderoso Carlão decretar nosso destino. Coincidência ou não, Paty também ficou conosco, foi divertido passar o dia com um bando de mulheres que só falavam de casamento. Edu e Renato sofreram para aguentar todas falando ao mesmo tempo.

Para um casamento preparado em tão pouco tempo, até que estávamos muito adiantadas. Nada pomposo, apenas para amigos e família no dia 30 de dezembro. Os padrinhos: Paulo e Paty, Marcos e eu. Nesse espírito festivo, pensei como seria o meu casamento. Não tenho dúvida que Marcos será meu marido um dia. Para ser sincera, apesar dele fazer questão de cumprir todas as etapas, já me sinto sua esposa, uma certidão não mudaria o que somos.

A noite chegou e com ela uma saudade louca do meu amor. Mandei mensagem, mas ele não visualizou. Então conversei com as amigas do grupo "Anjas"no WhatsApp, da grande expectativa para o lançamento do livro físico de nossa Diva Nana Pauvolih, Chantagem. Relembramos aventuras na Bienal. Projetos para o próximo ano. Sexo, fantasias e fetiches. Alguém postou denunciando o machismo praticado por mulheres contra mulheres. A frase "está no DNA do homem trair, mulher só trai por vingança", nos chocou profundamente. Atitudes como essa só mostram o quanto estamos longe de avançar no processo de igualdade entre os gêneros.

Nossa amiga Lua costuma dizer, "toda opinião está em transformação". Tomar consciência do quanto esse tipo de pensamento e atitude são errados e ofensivos fará diferença quando o respeito for mútuo. Não basta aturar homens que tratam suas companheiras como empregadas, quando deveriam dividir as tarefas exaustivas de trabalho, os afazeres domésticos e a responsabilidade de educar os filhos? Ou os que se acham donos de suas vidas, para determinar com quem devem casar? Os que promovem tortura física e psicológica? Tratam como objeto de prazer sem respeitar seus desejos? Ainda teríamos que nos submeter a julgamentos e condenações de outras mulheres?

 Não basta aturar homens que tratam suas companheiras como empregadas, quando deveriam dividir as tarefas exaustivas de trabalho, os afazeres domésticos e a responsabilidade de educar os filhos? Ou os que se acham donos de suas vidas, para determi...

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