Capítulo 36

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"A dor permanece, menos frequente, mas ela ainda está aqui. Tudo bem, dizem que todo céu precisa de um inferno."

(Indomável Coração – S. Miller e Juliana Mendes – Heitor e Lírio)

Acordei me sentindo estranho, com um aperto forte no peito, sufocado como se minha respiração tivesse parado de repente

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Acordei me sentindo estranho, com um aperto forte no peito, sufocado como se minha respiração tivesse parado de repente. Tinha a ver com o pesadelo aterrorizante, que me aprisionou em vultos sem formas. Não conseguia me lembrar dos detalhes, apenas da terrível sensação de perda. Mesmo o marcador digital do ar condicionado mostrando vinte graus, eu suava, o corpo quente, respiração ofegante como de quem corre uma maratona.

Ao lado, minha deusa dormia tranquila. Felizmente dessa vez, não percebeu minha aflição, não queria preocupa-la com mais uma noite mal dormida. Odeio lhe esconder coisas, mas era para seu bem. Beijei meu pingente, implorando seu perdão. Queria abraçar, beijar, me enterrar em seu corpo, sentir seu calor, seu cheiro inebriante, o pulsar de seu coração. Mas era muito cedo ainda, sua primeira semana de férias, não quis acordá-la. 

Silenciosamente, fui para o banheiro tomar uma chuveirada. Tinha que ser rápido, para não me atrasar, mas acabei me distraindo, quando olhei para as barras de segurança presas a parede do box e visualizei as inúmeras posições que experimentamos com seu valorosos auxilio. Para não acordá-la, terminei de me arrumar em frente ao espelho da sala que, por diversas vezes, vi a felicidade da entrega total dos desejos, refletido em nossos olhos, enquanto metia duro em sua boceta gostosa, ou quando cavalgava sobre meu cacete, vendo seu corpo convulsionar em um orgasmo poderoso e avassalador.   

É foda manter o controle com ela. Tento pensar em qualquer coisa que não seja sua pele macia, seus cabelos longos, sua boceta lisinha e rosada, os seios que se encaixam perfeitamente em minha boca, seu cu apertado piscando e implorando por atenção, os olhos, a tatuagem de fenix duas jabuticabas que... Puta que pariu... já estou melado. Caralho de pica que não fica quieta. 

É sempre assim: desde o dia que sentado na arquibancada da quadra do colégio, (ouvindo a música do nosso primeiro beijo infantil), na manhã do início de ano letivo, a fitei escondido por minhas lentes escuras, que minhas mãos ganham vida própria e buscam conforto e paz em Maria Lucia, seja de mãos dadas, dedos entrelaçados ou tomando seu corpo.  

Enquanto preparava "o melhor café de cafeteira do mundo", para que minha amada saboreasse ao acordar, sentei na bancada da cozinha, para comer os biscoitos caseiros que fizemos juntos e meu pau latejou com a lembrança de sua boca gulosa, me engolindo inteiro, lambuzado com iogurte de morango ou mel. 

Ela me deixa louco. Ontem mesmo, a safadeza começou no portão, me agarrou assim que entrei. A esfomeada quase arrancou os botões da camisa, passou as unhas no meu peito, lambeu minha pele sem se importar com o suor. Abriu o cinto tão rápido que quando dei por mim, a calça social estava no meio das pernas e sua língua na minha rola subindo e descendo. Sua chupada é surreal. Ela suga com vontade e adora quando seguro sua cabeça, para senti-lo na garganta. Chega a implorar por mais.

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