8 ¶ A fogueira

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A fogueira fora acendida próxima a um lago, ao redor, muitos universitários sentados em tocos de árvores e cadeiras de praias espalhadas pelo gramado

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A fogueira fora acendida próxima a um lago, ao redor, muitos universitários sentados em tocos de árvores e cadeiras de praias espalhadas pelo gramado. Um DJ um pouco distante, perto de uma barraca improvisada, aonde vendiam bebidas, tocava uma música eletrônica. Era o lugar perfeito para passar um tempo com os amigos.

— Quem deu a ideia de fazer isso aqui? — indaguei, curioso. Vale se colocou ao meu lado enquanto Kart pegava a caixa de cerveja da minha mão para colocar dentro de uma caixa térmica.

— Não sei. Sabe como é, alguém pensa, um faz e outros vão espalhando a notícia. Quando vê estamos todos aqui. O jeito é a gente fazer o sacrifício de aproveitar. — Kart falou entre um sorriso sacana. Ele abriu uma latinha e jogou outra para Yong. — Hoje perderei minha castidade. Preparem-se, garotos.

Todos nós rimos. Ele não tinha mais nada para perder.

— Desde quando você é um santo, senhor virgem José? — Vale o questionou, zombeteiro. Ele deu de ombros, encarando fixamente um grupo de garotas do outro lado da fogueira, próximas ao lago.

— Sabe aquele ditado ''Se não me lembro não fiz"? — perguntou retoricamente. — Pois é! Minha vida gira em torno disso. Se não lembro continuo com a castidade intacta.

— Mas isso não é um lema. — Yong argumentou, recebendo um tapa na ponta da orelha como consequência da sua honestidade. — Desgraçado! Eu já disse que odeio quando faz isso! Por que não amadurece, cara? Cresce! Quer ser juiz? Deve agradecer de joelhos se conseguir trabalhar como advogado para o governo.

Kart jogou a cabeça para trás enquanto gargalhava alto.

— Além de sexo, te perturbar é minha atividade preferida no mundo. — replicou, brincalhão. — Bem, amigos, se não se importam terei que me ausentar. Há garotas carentes precisando de um ombro. É mais que meu dever como cidadão masculino satisfazê-las, já que o restante parece que não curtem tanto as mulheres assim. Morram virgens então.

Seu comentário fora direcionado exclusivamente para nós.

— Você é tão nojento. — Vale resmungou. — Não precisamos pegar geral para provar nossa masculinidade. Isso é coisa de homem de ego frágil.

— Está com inveja porque não pega ninguém há muito tempo! Se não for exagero, posso afirmar que não lembra mais como se beija. Você ainda é virgem, não é? — indagou, provocativo. Vale fechou o semblante, mal-humorado. — Vamos, Yong! Se ficar do lado deles parecerá um fracassado.

Yong revirou os olhos, entediado. Mas resolveu segui-lo. Valentin pegou uma lata de cerveja, jogando a vazia em uma sacola preta que servia como lixo.

— Como foi com o seu pai?

Respirei fundo.

Valentin sempre me fazia essa mesma pergunta toda vez que eu me encontrava com ele. Era quase que automático. Como meu amigo mais próximo, sabia que eu precisava descarregar toda a tensão acumulada.

Como Perdi Essa Garota? - I Onde histórias criam vida. Descubra agora